quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A VIDA EM BRANCO

Olá amigos e amigas, depois de algum tempo aqui estou eu para contar mais uma história. Desta vez é de um amigo que desencarnou recentemente e que deixou muita saudade na família dele e, até em mim, por incrível que pareça.

Lá pelos idos de 2005,eu caminhava pelas proximidades da minha casa, acompanhado obviamente do meu pai. Quando chegamos numa esquina a mais ou menos um quarteirão da nossa casa, vieram sem que esperássemos dois cachorros para cima da gente

Eu e meu pai tentávamos nos defender na medida do possível, meu pai caiu, se machucou, tentou me proteger, mas não tinha jeito, eles não desistiam. Até que alguns garotos que estavam na frente da nossa casa, entre eles o Fernando Poleto, vieram em nosso socorro e espantaram aqueles dois irmãos de quatro patas que não estavam nada amistosos naquela tarde.

Meu pai e eu voltamos pra casa. Eu estava bem, mas meu pai sofreu alguns arranhões. Mais tarde, meu pai e minha mãe saíram para uma festa e no caminho pararam na casa da tutora dos cães para reclamar do ataque.

Os donos surpresos, disseram que o cachorro deles era manso e nunca tinha atacado ninguém. Antes dos meus pais terminarem a reclamação, eis que surge a fera que, na maior cara de pau, ficou em pé fazendo a maior festa para o meu pai.

Bem essa pequena introdução serve para apresentar o homenageado de hoje. Esse cachorro que, junto com outro do qual não me lembro, aprontou aquela confusão toda era o Branco, cachorro da Dalila, aquela mesma que foi para Marília com a gente para cuidar de mim e do Khoda.

Vou tentar contar mais o menos a história que a Dalila contou para o meu pai, muito emocionada e ainda muito sentida com a partida do seu amiguinho para o plano espiritual.

BRANCO
Num belo dia, ao chegar em casa, aproximando-se do portão, viu o cachorrinho, ainda filhote, todo branquinho com umas poucas manchas escuras pelo corpo chorando triste como que querendo entrar.

A Dalila, sempre intransigente na sua posição de não querer cães, não o deixou entrar, o filho dela, fez de tudo para afasta-lo de casa, mas não adiantou, aquele cachorrinho elegeu aquela família para ser a sua.

E assim foi, aceito dentro do imóvel foi colocado no quintal de terra que lá existe, mas o danadinho insistia em entrar dentro da casa da Dalila, aprendendo até a pular um muro para conseguir o seu objetivo.

Já devidamente instalado na residência oficial da família, resolveu que iria dormir em baixo da cama da filha da Dalila, a Dayane, como que se colocasse ali para cuidar dela e proteje-la.

Pouco tempo depois, a Dayane começou a passar por sérios problemas de saúde, problemas esses que duraram por alguns anos, culminando com uma delicada operação no início deste (2011). Mas durante todos esses anos, oito no total, o Branco nunca saia do lado dela, sempre fazendo companhia e dando o maior apoio para aquela garota linda, mas de saúde delicada.

BRANCO (MARROM)
Assim se passaram os anos, ele passou a fazer parte da família, dava suas escapadas pelas ruas, mas por incrível que possa parecer, meu pai acabou fazendo amizade com ele. Por várias ocasiões se encontraram e não foram poucas as vezes que meu pai o levava de volta para casa, a última inclusive foi num domingo pela manhã, quando eu estava junto e não aconteceu nenhuma “treta”, apesar de as vezes eu ter complexo de Pit-Zeus,quando eu geralmente levo a pior. Mas isso é uma outra história.




Cabe mencionar que a Dalila comentando sobre a vida do Branco com o meu pai, falou que ele era muito inteligente, nunca deu nenhum tipo de trabalho, sempre aprendeu a fazer tudo sozinho sem precisar ser ensinado. O único porém, e sempre tem um, era quando chovia, o danado ia se esbaldar no barro do quintal e depois se esparramava de barriga pra cima dentro de casa. Certa ocasião até trocaram o nome dele, de gozação, de Branco para Marrom.

DALILA
Até que no segundo semestre deste ano, com a Dayane já plenamente recuperada, o nosso amigo Branco apresentou um probleminha em uma das patas que, após exames laboratoriais, foi diagnosticado como um tumor maligno raríssimo o que tornou muito difícil para a Tia Nícea direcionar um tratamento. Então foi marcada uma cirurgia para amputação da patinha lesionada.



Mas infelizmente não deu tempo, pois em pouco tempo o Branco desencarnou e foi morar no Rancho Alegre, uma das colônias espirituais que cuidam de animais que nos deixam.

Como imaginou a nossa amiga Dalila fazendo uma brincadeirinha para tentar descontrair, o Branco deve ter pensado “tirar a minha patinha? Não senhor eu vou embora com as quatro.”

A parte relativa aos detalhes do falecimento e do sepultamento do Branco não acho que deva contar, mas o corpinho dele está enterrado no quintal da casa da mãe da Dalila, depois de muita luta da Dalilla e da Dayane para que alguém de boa vontade o levasse até lá, no Bairro de Bonsucesso aqui em Guarulhos.
E A DAYANE

Nós que estudamos a espiritualidade dos animais, e eu digo nós porque eu estou começando a ficar craque nisso, temos a mais absoluta certeza de que o plano espiritual designou esse espírito para estagiar no corpo do Branco, com a missão de proteger e amparar a Dayane na sua jornada de luta contra as dificuldades que abalaram a saúde dela por oito anos. Superados esses obstáculos, depois de também despertar a consciência daquela família para a importância dos animais, o Branco nos deixou, com a missão cumprida, subindo mais um degrau na sua escalada evolutiva.

Eu sei que foi e ainda é dolorido para a Dalila e família a partida do Branco, mas a benção que eles tiveram com a oportunidade de viver essa história é inigualável e espero que eles tenham aproveitado ao máximo essa lição de amor a todas as criaturas do nosso Pai Maior.

Até a próxima.

Zeus

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

TOBI - PRECISA SAUR DAS RUAS.

Pessoal;


Esse amiguinho apareceu no bairro do Bom Clima na Rua Orlando Biagi Angu e se "instalou" na garagem de uma casa que não tem portão, há uns quatro dias, pode estar perdido, ou foi abandonado.
Quando ficamos sabendo, a Helena foi falar com os donos da casa para que o deixassem ficar na garagem provisoriamente. No começo eles concordaram, ela o está alimentando todos os dias, a garagem é coberta, não pega chuva,  colocou um papelão bem grosso e um cobertor, mas o ideal seria uma casinha, mas eles não querem que coloque.
O local tem muitas crianças e foram elas que o batizaram de Toby e pelo jeito ele gostou, pois já atende pelo nome. Elas gostam dele, mas... os adultos não o querem por lá, porque já tem um cachorrinho e não querem outro.
Hoje quando a Helena chegou do trabalho, foi até lá para dar a "janta" ao Toby, e então eles disseram que não o querem mais por lá, que era para se conseguir outro lugar para ele ficar, porque como não tem portão, ele sai correndo atrás dos carros que passam na rua, correndo o risco de ser atropelado e uma pessoa já foi reclamar com eles pensando que o cachorro era deles.
Pediu pelo amor de Deus para que esperassem mais, porque não tem onde coloca-lo.
Resumindo, TOBY PRECISA URGENTE DE RESGATE OU ADOÇÃO, caso contrário eles o colocarão para fora da garagem.
A Helena pode se comprometer com a castração, as vacinas, e o atendimento veterinário que for necessário,  mas não assumir as despesas de um lar temporário.

POR FAVOR ALGUÉM PODERIA AJUDA-LO?
Ele é de porte médio, tem mais ou menos 2 anos, é dócil e muito brincalhão e adora abraçar!!!

Contato: Helena (11) 7618-7227
helena_mazzei@hotmail.com

Por favor ajudem.
Zeus

terça-feira, 15 de novembro de 2011

JULLY - QUASE ENVENENADA

Jully
Olá Pessoal, esta é a JUlly. Foi encontrada nas ruas na Zona Sul de São Paulo. Estava sendo ameaçada de envenenamento, por isso eu e minha namorada Tatiane e recolhemos provisoriamente.
Já está castrada, vacinada e vermifugada e tem aproximadamente 2 anos. Muito dócil, convive muito bem com pessoas.
Acontece que a Tatiane, que cuida da Jully irá se mudar para Botucatu no início no ano que vem e a Jully não terá onde ficar, razão pela qual precisamos encontrar um lar com urgência para ela.
Por favor, ajudem a divulgar e se possível adotar essa amiguinha.
Contatos com Adriana 95133613
Tatiane 78401800
Muito obrigado

Zeus

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

TRÊS ANJOS

Amigos, conheçam a história desses anjos:

A Xuxa  (mãezinha)  e suas duas bebezinhas, Carminha e Yasmin, que ainda estavam com os olhinhos fechados, foram  resgatadas pela Carmen numa favela há um ano e meio atrás.

Foram enviadas para um abrigo, foram alimentadas, receberam tratamento veterinário e estão até hoje aguardando uma adoção. Infelizmente o local que elas estão não é nada parecido com a linda paisagem das fotos. 

A realidade é bem outra, vivem dentro de uma baia, num espaço muito pequeno, não passam sede, nem fome, nem frio, mas não podem correr, nem  brincar,  nem tão pouco tomar sol.
Vivem as tres juntinhas, dormem uma encolhidinha na outra, comem e bebem no mesmo pote.

De tanto ficarem presas juntas numa baia, tornaram-se inseparáveis.
Sabemos que uma adoção conjunta não será fácil, mas não impossível!

Por favor nos ajudem a  divulgar  para que essa "familia" que já teve uma vida tão sofrida, encontre alguém especial, com um coração tão grande que caiba as tres dentro dele,  para que finalmente tenham um lar de verdade, com amor, carinho, dignidade e respeito.

Estão castradas e vacinadas, são dóceis com pessoas e outros cães.

Xuxa tem 3 anos e meio é a mãezinha (branca com a manchinha preta nos olhos)
Yasmin: 1 ano e meio (marronzinha)
Carminha: 1 anos e meio (pretinha e bege) 


Contato: Helena
(11) 7618-7227



Zeus

VAMOS AJUDAR O SPYDE

Amigos, conheçam o SPYDE!


SPYDE

 O Spyde  tinha uma familia que o abandonou quando mudaram , "levaram tudo menos ele".. e ainda o deixaram preso numa corrente no pátio da casa vazia , sem água e sem comida, até que os vizinhos descobriram e divulgaram o caso dele no facebook. .



A Carmen o resgatou  em novembro de 2010 e desde então vive num abrigo, o mesmo que a Xuxa e suas filhinhas, também dentro de uma baia.


Esse amigo é extremamente dócil com pessoas, convive bem com fêmeas (não é nada bobo), mas não se agrada da companhia de machos (prefere evitar a concorrencia).

Spyde tem 3 anos, está castrado, vacinado e vermifugado.

Por favor nos ajudem a divulga-lo para que possa sair de dentro de uma baia  e encontrar um lar de verdade, com amor e carinho!


Contato: Helena

Tel: (11) 7618-7227

Zeus


sexta-feira, 23 de setembro de 2011

CASAL DE PITS, TRISTES PRECISAM DE UM NOVO LAR.

Olá pessoal, cá estou eu novamente para pedir ajuda para dois irmãos de quatro patas que estão com um baita problemão.
O negócio é o seguinte. É um casal de Pit Buls que mora em Guarulhos-SP, muito dóceis, ele com 10 anos e ela com 6. São castrados e vacinados e pelo que me disseram, muito dóceis.
A questão  é que o tutor deles foi internado em uma clínica de recuperação com sérios problemas de saúde e parece que não vai mais sair de lá, o que está deixando o Pit macho bastante triste e deprimido sentindo falta do amigo.
Acontece que a casa onde estão sendo cuidados por uma sobrinha do tutor deles foi vendida e o novo proprietário deu um prazo bem curto para que desocupem o imóvel.
Assim, esses amigos não tem para onde ir, não podendo ser jogados na rua, pois certamente seriam muito judiados por conta da fama que os integrantes dessa raça tem, além de ser crime previsto em Lei o abandono de animais.
Para maiores informações por favor entrem em contato com a Cristiane Scabelli pelo email cristiane@macedoscabelli.com.br ou com Helena Mazzei helena_mazzei@hotmail.com, ou pelo Facebook de ambas.
Por favor ajudem e se não puderem adotar, pelo menos repassem este pedido, quem sabe aparece uma boa alma que queira adotar estes dois lindos amigos.
Muito obrigado


Zeus

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

ABACAXIZINHO......

SUELE E O "ABACAXI"
Pessoal, hoje venho aqui para pedir a ajuda de vocês para encontrar um lar para um amiguinho que está precisando muito. A historinha do Abacaxizinho é até que comum, abandono, desprezo pela vida, frio, fome, como a maioria dos irmãos de quatro patas deste país.

A Sueli Fuchida, uma grande amiga dos meus tutores, que como eles mora em Guarulhos-SP, já tinha ido se deitar na noite do último domingo (11/09), quando após algum tempo começou a ouvir um choro forte e constante de um cachorrinho. Tentou não se incomodar, mas o instinto de ”mãe de cachorro”  falou mais alto e mesmo fazendo um frio daqueles, se vestiu e saiu para procurar na vizinhança de onde vinha aquele choro tão sofrido. Já era por volta das duas horas da madrugada.

Depois de quase desistir, chegou a um terreno baldio onde havia uma carroça. Mas ao ali chegar, o choro parou. Procura daqui, procura dali e nada.  Olho sob a tal carroça e nada viu. Notando que a carroça estava sobre a tampa de um bueiro, ficou ainda mais preocupada, por achar  que o chorão estivesse preso ali dentro. Até que se agachando para examinar melhor, notou um buraco tampado e, ao levantar a tampa, descobriu um cãozinho ali dentro.

Então a Sueli, apesar de já ter quatro peludos sob sua guarda, levou aquele pobre coitado que chorava de frio, fome e sede, para casa, onde o alimentou e aninhou junto com a sua Boxer Chiara.

Retrocedendo um pouquinho no tempo, para a manhã daquele mesmo domingo, ao ir à feira livre, a Sueli notou três crianças caminhando em direção à mesma feira, cada uma com um cachorrinho no colo. Ela pensou que provavelmente eles estavam indo para lá para tentar vende-los ou mesmo doá-los. Só depois foi perceber que o que ela resgatou naquela fria madrugada era um deles. O que será que aconteceu com os outros? Do jeito que deixaram o pobre animalzinho, fatalmente ele morreria de frio naquela mesma noite. E eu acho que era essa a intenção.

Pois bem, depois de uma boa noite de sono aninhado na caminha da Chiara, o nosso amiguinho foi levado ao Veterinário, onde após ser examinado, o Doutor disse que ele tem mais ou menos uns 40 dias e que está saudável, apesar do abandono e sabe-se lá quais maus tratos tenha sofrido.

Como a Sueli trabalha fora o dia todo, já tem quatro cachorros (dois grandes e dois pequenos), ela não pode mais abrigar mais nenhum cãozinho. Os que lá já moram estão começando a dar trabalho por conta do ciúme e o medo dela é de que não haja acordo entre eles e as conseqüências sejam desagradáveis.

OLHA O TAMANHO DELE


Assim, o nosso amiguinho está disponível para adoção. Será castrado e vacinado de acordo com a programação normal para um filhote e a Sueli e o meu tutor garantem que o adotante não arcará com os custos desses procedimentos. Só terá que “fornecer”  uma casa com muito amor e proteção para esse amiguinho.

A Sueli costuma dizer que arrumou um “abacaxi” com o resgate desse amiguinho. Ela diz isso de brincadeira já que ela está perdidinha entre os cuidados com ele e a administração do ciúme dos outros quatro cachorros que fazem parte da família dela.  Mas em momento algum o trata mal ou deixa de dar a atenção que um filhotinho precisa e merece. Por isso nos acostumamos a chamá-lo de Abacaxi, mas tenho certeza de que o novo ou nova tutor ou tutora escolherá um nome bem legal para mais essa vítima de abandono.

Então pessoal, vamos ajudar o “Abacaxizinho” a encontrar um lar. Contatos com Sueli (11) 96919135 e 24533954 ou Paulo (meu tutor) (11) 82664060 e 60662234 (ambos TIM).
 

Desde já obrigado
Zeus

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

DUQUE (OU PLEBEU)


AINDA NA CLÍNICA COMO LOST

Bem pessoal, depois de algum tempo, cá estou eu para contar mais uma história de passagens de minha vida junto com meus tutores.
Nesta vou falar mais exatamente de outro irmão de quatro patas que passou por nossas vidas, deixando lembranças, mais agradáveis do que não, mas que acima de tudo foi ajudado pelos meus pais.
O nome dele é Duque, um mestiço de PitBull que meu pai encontrou quase morrendo numa esquina perto de nossa casa.
Naquela época, segundo semestre de 2008 meu pai trabalhava no Arquivo Municipal da Prefeitura que fica uns dois quarteirões da nossa casa. Demorava mais ou menos uns cinco minutos para ele chegar em casa e eu sempre sabia que ele já estava voltando e o esperava ansiosamente para o passeio da tarde, aliás como faço até hoje.
Naquela tarde, uma sexta-feira, ele mudou um pouco o caminho, pois ia passar no açougue antes de vir para casa. Ao virar uma esquina, tropeçou em algo e ao se virar, viu que era um cachorrinho que estava enrolado e que nem se moveu após o tropeção do meu pai.
Estranhando o fato, ele retornou e ao mexer no pobre animalzinho, viu que ele estava muito mal, não agüentando nem se levantar, ocasião em que meu pai o pegou no colo e o levou até a Tia Nícea para uma consulta e ver o que se podia fazer pelo pobre coitado.
Durante a consulta descobriu-se que o cãozinho estava com início de pneumonia, desnutrição, desidratação e sinais de que havia sido atingido por algo ou alguém, pois tinha dor na parte traseira do corpo. Meu pai então optou por deixá-lo internado para um tratamento mais à altura e para identificá-lo, resolveu chamá-lo de Lost, devido ao grande sucesso que a série com esse nome fazia na TV naquela época e também por que o pobre cachorro realmente estava perdido.
Então lá ficou o Lost por mais ou menos 30 dias até se recuperar completamente. Meu pai todo dia ia visitá-lo e notava que o Lost tinha muito medo de tudo, se encolhendo e sempre fazendo xixi quando alguém se aproximava dele.  Até que chegou o dia em que o já recuperado e mais esperto Lost teria alta e meu pai, já preocupado por conta da experiência que todos havíamos tido com a Preta (lembram?) começou a tentar fazer uma integração entre eu e o cachorro perdido. O Lost não poderia mais ficar na Clínica Pet Family, pois outros animais precisavam de espaço para ser atendidos e meu pai então não teve outra alternativa a não ser trazê-lo para nossa casa. Aí deu-se início ao drama.
Já que o cachorrinho tinha um lar, mesmo que provisório, acharam por bem mudar o nome dele. Como das outras vezes, outros membros da família escolheram os nomes dos cães que passaram ou fazem parte da nossa vida, o meu pai resolveu escolher o nome daquela vez e escolheu Duque.
Eu acho que deveriam chamá-lo de Furacão, Ciclone, Tornado, combinaria mais com ele, vocês vão ver depois.
De Duque ele não tinha nada, estava mais para Plebeu.
Não foi difícil o novo membro se adaptar (até demais) à nova vida doméstica. No início ele ainda mantinha a demonstração de medo, fazendo xixi quando alguém chegava mais abruptamente perto dele. Mas era muito carinhoso e adorava meu pai. Isso não é muito difícil de explicar, pois nós cães geralmente ficamos muito gratos por aqueles que nos ajudam e principalmente que nos tiram das ruas. Foi o caso do Duque pois ele não nasceu nas ruas, foi parar lá por algum motivo, ou se perdeu ou foi jogado lá mesmo. E, para completar ele grudou no meu pai.
Como o meu pai precisava trabalhar, mais uma vez o serviço mais pesado ficou para a minha mãe. Ela que já tinha trabalho em lavar o quintal todos os dias graças às minhas “lembrancinhas”, com o Duque o trabalho ficou mais do que dobrado, pois ele não raras vezes fazia suas necessidades fora de hora e de local. Outro agravantes é que ele tinha um poder incrível de acumular xixi e quando soltava era uma enchente. Ninguém acredita. Outra coisa, pendurar roupa no varal era outra batalha, pois aquele moleque gostava de puxá-las.

OLHA A CARA DE SANTO

Para variar, fui ficando deprimido. Não queria sair do quarto. Por ser ainda um garotão o Duque queria brincar e chamar a atenção, mas ele tinha o péssimo hábito de mordiscar as minhas patas traseiras nessas brincadeiras sem noção. Dá licença! Será que ele não percebia que doía?

Numa tarde de sábado meus pais me levaram na FACIS para uma das minhas consultas homeopáticas por causa das convulsões e o Duque ficou em casa. Não dava para levar nós dois no carro (graças a Deus). Quando voltamos descobrimos que o maluco quase se matou. Ele foi roer o fio da tábua de passar e a mesma caiu em cima dele. Tava a maior zona no quartinho. E o pior que ao chegarmos ele veio fazer a maior festa como se nada tivesse acontecido.

No começo meu pai levava nos dois juntos para passear. Mas o Duque, com aquele complexo de PitBull queria brigar a avançar em toda a cachorrada do bairro. Ficou então impossível para o meu pai, que tinha que me guiar e segurar o Duque ao mesmo tempo. Aí ele passou a nos levar separados. Primeiro eu, depois ele. Mas o “sem noção” não conseguia entender que ia passear depois e de vingança fazia xixi e coco na garagem toda. Toca meu pai, depois de sair, lavar a garagem na volta. Era superextressante.
Noutra ocasião ele conseguiu tirar uma camiseta do Renato do cesto de roupa suja por um buraquinho que não passaria nem uma meia. Acabou a camiseta. E isso dentre outras muitas histórias. Mas a pior era que, como a Preta, ele tinha o péssimo hábito de comer (eca) suas lembrancinhas. Parecia reencarnação dela. O barato é que como ela, ele vinha correndo querer lamber todo mundo com aquela língua suja.
A campanha para doação dele corria solta, mas apesar de muitos o acharem lindo nas ruas, ninguém se interessava.
Até que a gota d’água (ou de xixi) inundou a paciência de todo mundo numa bela tarde de dia de semana quando meu pai estava trabalhando.

GRUDADO NO MEU PAI

Dias antes meu pai teve que mandar arrumar a caixa d’água por conta de um vazamento.
Naquela tarde, eu estava na camona (cama dos meus pais) meio deprimido e minha mãe com dó veio até o quarto e me fez um dengo conversando comigo para brincar com o Duque para tentarmos ser amigos. Eu não quis muito papo e continuei onde estava. O Duque, que subiu com a minha mãe, viu a cena e virando as costas desceu para o andar de baixo, desaparecendo das nossas vistas.

EU FICAVA DEPRIMIDO

Depois de alguns minutos do mais absoluto silencia minha mãe que continuou no andar de cima ouviu, assim como eu, um barulhinho tipo “tek, tek, tek, tek”. Ela estranhou pois tinham acabado de arrumar a tal da caixa d’água.  Procura daqui, procura dali, ela foi até a escada que leva até o andar de baixo.
Foi quando ela teve uma verdadeira visão de horror. Aquele safado e mal agradecido do Duque tinha feito xixi e coco pela escada toda, inundando como de costume, tanto a escada como boa parte da sala que por sinal era de carpete de madeira. Foi um verdadeiro absurdo. Foi a demonstração mais explicita e agressiva de ciúmes que eu já vi.
A coitada da minha mãe teve que lavar tudo, pois não dava só para passar um pano com produtos de limpeza. Quase que o carpete de madeira foi pro beleléu.
Daí em diante a campanha para adoção dele se intensificou, mas ninguém aparecia. Nós não entediamos como cães como ele e a Preta, apesar de terem sido acolhidos e cuidados com tanto carinho não conseguiam se adaptar à nossa rotina. Se isso acontecesse, seria muito mais fácil para todos. Mas, para piorar eu não conseguia superar a minha depressão. Eu tinha medo de ser trocado e de que outro cachorrinho tomasse o meu lugar.
Até na ASSEAMA levaram o Duque. Lá todo mundo adorou ele. Não posso negar que quando ele queria ele era um verdadeiro doce. Mas só quando ele queria.
Ele precisava ser vigiado quase que 24 horas por dia. Só dava sossego quando dormia na porta da sala. Aí ele desmaiava. Também depois de aprontar tanto.
Passaram-se dias, semana e quando meu pai não sabia mais o que fazer ou a quem apelar, apareceu uma boa alma chamada Renata e que trabalha numa empresa chamada Maggion. Ela é a Nádia se dispuseram a ficar com o Duque e levá-lo para as feirinhas de adoção até ele conseguir um lar. Foi uma providência divina.

O DUQUE NO CANIL DA MAGGION

Então no dia 08 de dezembro de 2008 o Duque entrou dentro do nosso carro com todos os seus pertences e foi embora. Nunca mais o vi, mas sei que ele ficou muito bem cuidado no canil da Maggion, graças ao amor daquelas pessoas, em especial à Nadia, que se importam e se dedicam tanto aos nossos irmãozinhos de quatro patas.
Apesar de ainda ter ido visitá-lo uma ou duas vezes, levando ração, meu pai de novo ficou muito chateado e com uma enorme sensação de derrota por não ter conseguido educar o Duque, assim como foi com a Preta e prometeu a ele mesmo nunca mais resgatar nenhum animal na rua. Ajudá-los de outra forma sim, mas não mais trazê-los para dentro de casa. Eu adorei essa parte.
Algum tempo depois, no início de 2009 meu pai recebeu um telefonema avisando que o Duque tinha finalmente sido adotado em uma feirinha e encontrado uma família para cuidar dele.
Nunca mais tivemos notícia daquele espeloteado, mas apesar de ter várias restrições ao comportamento dele, espero de todo o meu coração canino que ele esteja feliz e recebendo muito amor.
 
Zeus

sábado, 27 de agosto de 2011

ZEUS - NOVE ANOS

Parabéns pra você
Nesta data querida.
Muitas felicidades,
Muitos anos de vida.........
Neste dia tão especial, gostaria de pedir permissão para você, meu companheirão, para usar este espaço no seu Blog para lhe prestar esta pequena homenagem.
Pois é, hoje é dia 27 de agosto de 2011 e você faz nove anos. Mais do que para você, esta data é muito especial não só para mim, como para todos que convivem diariamente com um ser  tão especial que se chama Zeus.
Desde a sua chegada nesta casa você mudou completamente a nossa vida e posso lhe garantir que foi para melhor.
Nos primeiros dias cabia numa caixinha de leite, de baixo da pia da cozinha e até em cima do armário do quarto, parecendo um enfeite. Mas o espaço que passou a ocupar em nosso coração não dá para medir.
Você nos ensinou muito e posso garantir que apesar de não ser um ser perfeito, sou uma pessoa bem melhor do que era antes de ter esse amigão ao lado.
Durante todos esses nove anos fez parte do nosso cotidiano e dos momentos mais importantes, sejam bons ou ruins, de nossas vidas, nos levando inclusive a buscar conhecimento para entender  a espiritualidade dos animais. Esse conhecimento foi capital para nosso progresso espiritual.
Se eu for ficar enumerando aqui  todos os benefícios que tivemos com a sua companhia,  ficaria bem um par de dias escrevendo.
Mas acho que os verdadeiros parabéns devem ser dados a nós seus familiares que tivemos a chance de ser abençoados pelo nosso Pai maior que nos deu esse verdadeiro “pisente” que o Zeus – O Cãopanheirão  é, foi e sempre será em nossas vidas. Feliz Aniversário Zeus.
Pro Zeus nada, tudo!
Então como é que é.
É pique, é pique,
É pique, pique, pique.
É hora, é hora,
Eé hora, hora, hora.
Rá, thcim, bum.
Zeus, Zeus, Zeus.

Paulo, Marilda, Fábio e Renato

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ATÉ BREVE JULY


A "PRETA" JULY

Olá pessoal. Demorei um pouco para dar o ar da graça, mas foi por razões alheias à minha vontade. As últimas semanas tem sido um pouco difíceis para mim e corridas para o meu pai, mas graças a Deus estamos todos bem.

Hoje vou contar um pouco da história da July, uma Labradora preta que não tive a chance de conhecer, muito menos os meus pais, mas que tinha como tutora uma pessoa que nós consideramos muito especial em vários aspectos. O nome dela é Miriam e faz parte da equipe do Grupo Irmãos Animais que realiza tratamento espiritual para os animais. Já falei um pouco da Miriam em outra ocasião.

A July chegou na casa de sua tutora, a Miriam, em 1999, ano em ela perdeu sua Dog Alemã  depois de 11 anos de alegrias. E foi também com muita alegria que ela a recebeu em sua vida.

Coincidentemente, também foram 11 anos de convivência, de muita alegria e amor incondicional entre as duas, apesar da Miriam ter outros peludos morando em sua residência, uns temporários, outros permanentes.

No dia 04/08 ela notou que algo estava errado com a July pois, como de costume, se levantou e foi ate ela percebendo que, apesar do abano do rabo a cachorra não estava bem. Preocupada, cancelou todos os seus compromissos daquele dia e a levou ao Veterinário.

Após os exames, o Doutor concluiu que a July tinha muita dor e, após exames físicos, levantou a possibilidade da existência de uma massa abdominal.

No dia seguinte após medicação para aliviar a dor a Miriam levou a sua amiguinha para fazer um Ultrasom após o qual, infelizmente foi diagnosticado a existência de um tumor de fígado, acompanhado de hemorragia.

Naquele momento sua tutora percebeu o quanto estava próxima a despedida de sua irmã animal.

Voltou para casa  e a acomodou com muito carinho para que se sentisse bem na medida do possível A partir deste momento elevou seu pensamento à Espiritualidade e pediu que amparasse sua “preta”, como carinhosamente a chamava.

E assim naquela noite ficou com ela ate as duas horas da manhã (quando foi vencida pelo cansaço). Ao deitar-se a acomodou virada para a porta do quarto para que a July pudesse ficar numa posição confortável.

No dia seguinte ao acordar a Miriam percebeu, para sua tristeza, que a July já havia partido para o plano espiritual, deixando muitas saudades.

Mas o que intrigou bastante a tutora foi que ao dormir, a havia deixado em uma posição coberta e, quando despertou notou que a July estava deitada virada para o lado contrario, também coberta, como se alguém a tivesse acomodado durante a noite, sendo que somente a Miriam estava cuidando dela.

Certamente nossos irmãos espirituais, mas exatamente o que era responsável por acompanhar aquela linda Labradora estavam presentes na hora de seu desencarne e a deixou o mais confortável e tranqüila possível enquanto ainda estava aqui entre nós.

Hoje acredito que a July já está plenamente recuperada e fazendo tudo que um Labrador normal faz lá na Rancho Alegre, dando pulos, abanando o rabão e desferindo boas lambidas na “carequinha” do Dr. Marcel, também já plenamente recuperado e feliz.

Abaixo o trecho final do texto que a Miriam enviou para o meu pai, contando a história da July:

Hoje, quando estava escrevendo senti muita saudades mas também tenho a certeza  de que ela esta muito bem amparada no plano Espiritual, e que ainda vamos nos encontrar pois os laços espirituais não se desfazem com o desencarne.

E é a certeza de que a verdadeira vida é a Vida Espiritual  que nos dá mais esperança.
QUE A MINHA PRETA  E TODOS OS NOSSOS IRMÃO ANIMAIS RECEBAM MINHAS VIBRAÇÕES DE AMOR.


Zeus