quinta-feira, 28 de julho de 2011

ARIEL - ATÉ BREVE

Como eu já falei em outra ocasião neste Blog, o caso do leão Ariel foi uma grande demonstração da possibilidade de uma perfeita interação entre humanos e animais.

Prova a irmandade perante Deus de todos os seres vivos na face da Terra e que como seres mais evoluídos temos não só a possibilidade, como a obrigação de cuidarmos e preservarmos nossos irmãos menores na escala evolutiva.

Infelizmente para a sua tutora, o felino nos deixou ontem, depois de muito sofrimento físico, mas certamente com a alma bastante confortada e após o desencarne, voltando a ser um espírito, com muito mais bagagem do ponto de vista de evolução e aprendizado espiritual.

Mas, para o Ariel, certamente esse desligamento do invólucro carnal foi uma benção. Com o retorno à pátria espiritual, certamente foi acolhido nos hospitais veterinários lá disponíveis, tratado e quem sabe, visto que a medida de tempo lá difere e muito daqui, já encontra-se correndo de volta às savanas e florestas lá plasmadas.

Para mim é ponto pacífico que o amor que a Raquel dedicou ao Ariel é incontestável, pois se dedicar ao animal do porte de um leão, sabendo de sua natureza selvagem já não é uma tarefa fácil, quanto mais comum. Se entregar então a cuidar dele na situação em que ficou após o acidente e a desastrosa cirurgia a que foi submetido, é uma prova de que amor não tem limite, desde que produtivo e sem egoísmo.

Mas, por outro lado, analisando esse caso em conjunto com outros de que tenho tomado conhecimento de pessoas que “adotam” animais não domésticos como pets, tenho a seguinte opinião: o lugar de animais silvestres não é em zoológicos, circos e muito menos no ambiente domésticos, onde passam a viver completamente fora dos meios para os quais o Criador os designou.

Não sei exatamente como a mãe felina do Ariel foi parar no local onde deu à luz ao bichano, mas se não houve a possibilidade de devolver o Ariel à natureza, pelo menos ele deveria ter sido levado à uma reserva onde, monitorado, teria tido uma vida próxima ao normal. A possibilidade de um acidente como o que sofreu seria bem menor. Mas, como a vida é feita de escolhas, muito provavelmente a da Raquel, dadas às circunstâncias foi a mais acertada.

Mas como nada é por acaso e Deus sabe o que faz, tudo se desenrolou para que ele e a Raquel tivessem uma chance inigualável de evolução e aprendizagem mútua.

A nós cabe ter olhos de ver e ouvidos de ouvir para entender que a natureza pede socorro, que os nossos irmãos animais devem ser respeitados, preservados e ter os humanos como companheiros na jornada evolutiva, não como algozes.

Mais uma vez parabéns e obrigado Raquel por nos mostrar esse amor do tamanho de um leão que você tem no coração. O mundo precisa de mais almas como a sua. Gostaria sinceramente de um dia ter a chance de te conhecer pessoalmente e........

Até breve Ariel

Paulo

Hoje, fazendo um pouco mais de um ano que o nosso amigo Ariel nos deixou, acabei de ler o livro "Ariel o Leão de Deus", onde toda a história do grande e carinhoso felino é contada em detalhes pela Raquel.

Ao terminar de lê-lo me vi com um misto de admiração e indignação diante dos fatos ali narrados.

Recomendo a leitura para que todos possam ter a verdadeira noção do amor entre o ser humano e o animal que deveria sempre existir, assim como a capacidade de egoismo, incompetência e pouco caso que outros podem demonstrar pela vida tanto humana quanto animal.

Mais uma vez parabéns Raquel e reitero o desejo de um dia poder conhece-la pessoalmente e aprender um pouquinho mais com você.


Paulo


terça-feira, 26 de julho de 2011

PRETA

Essa é a história da primeira cachorrinha que meus tutores resgataram das ruas e depois de muita luta conseguiram encontrar um lar para ela. Foi uma experiência nova para eles, mas que os fez, assim como a mim, aprender muito. Vamos lá.

Era um início de noite frio de uma quinta-feira santa de 2007. Depois de esperar que a garoa desse uma trégua, pois ela não parou durante todo aquele dia, meu pai saiu comigo para dar o costumeiro passeio diário (se bem que já se podia chamar noturno, pois já estava escuro).

Depois de já termos percorrido várias ruas do meu bairro (meu porque já demarquei todos os pontos que você possa imaginar que por ali existam), estávamos chegando perto de um local chamado Praça das Pedras. No caminho tinha um enorme monte de sacos de lixo, pois quinta-feira é um dos dias da semana em que a Prefeitura recolhe o lixo, percebi algo se movendo no meio daquele monte fedorento, parei e tentei cheirar, quando o meu dono também curioso me perguntou o que eu estava vendo. Foi quando do meio daquela montanha de lixo saiu a coisa mais orelhuda que já tinha visto.

Pequenina, muito curiosa, pretinha e marrom, com uma meia lua na parte superior do pescoço, compridinha e com as patinhas curtas e brancas nas pontas. Era uma clara mistura de Beagle com Basset. Já estava começando a garoar de novo e meu pai, morrendo de dó, a pegou no colo e começou a subir a avenida em direção ao consultório da Tia Nícea perguntando pelo caminho se alguém sabia de onde a cachorrinha era. Na porta de um condomínio disseram que ela estava por ali desde aquela manhã, de baixo de chuva e com fome. Eu ia acompanhando o meu pai não entendendo nada e pensando: o que ele ia fazer com aquela coisinha?

Chegando na tia, ela examinou-a com cuidado, dizendo que tinha pouco menos de 1 ano e que estava saudável, exceto pela coleção de carrapatos e pulgas que estavam “hospedados” na coitada. Aplicou uma injeção para eliminar aqueles bichos nojentos e dizendo que ajudaria meu pai a encontrar um lar párea a bichinha, aconselhou-o a traze-la para casa por pelo menos aquele final de semana. Eu só olhava e apesar dos carinhos da Tia Nícea fiquei meio preocupado com a situação.

Também preocupado, meu pai resolveu traze-la para cá, pois estava muito frio e ainda chovia e não dava nem para deixar a cachorrinha na clínica, pois o hotelzinho já estava cheio por conta do feriadão e nem devolve-la para as ruas.

Ao chegarmos em casa com ela no colo ele perguntou: “o que eu faço com isso?” Todo mundo se apaixonou pela nova hóspede e começou a “batalha” para escolher um nome para ela. Palpite daqui, palpite dali e a namorada na época do Fábio, a Luciana que vieram passar a semana santa em Guarulhos, acabou escolhendo Preta. Assim ela foi batizada. Tinha medo de entrar em casa e não passava da porta da cozinha, se bem que com aquele monte de “hóspedes” que ela trazia, era melhor ela ficar lá fora mesmo. Então naquela noite ela dormiu no meu quartinho e eu fui para o quarto dês meus pais. O engraçado, é que apesar da grande quantidade de carrapatos e pulgas que ela tinha, nenhum ficou na minha casa ou me atacou. No dia seguinte todos tinham sumido.

A sexta-feira santa foi de conhecimento da Preta. Filhotona já se sentia à vontade e entrava e saia de dentro de casa. O Fábio e a Luciana adoraram ela, tanto que no final do dia resolveram adota-la e leva-la para Marília de ônibus mesmo.

No dia seguinte, sábado de aleluia, meu pai levou a Preta na Tia Nícea para ser vacinada e tomar todas as providências que a empresa de ônibus exigiu para transportar um animal. Carteirinha de Vacinação, atestado de saúde e um remedinho para ela “apagar” durante a longa viagem, de 6 horas. Meu pai comprou um transporte para a Preta viajar sem incomodar ninguém. Eu dei graças a Deus, pois já estava ficando preocupado com aquela paparicação toda com aquela estranha.

Então no domingo de Páscoa, depois de perder o ônibus da tarde, lá foi a Preta com o meu irmão Fábio e a Luciana para Marília. Pelo que soube a viajem foi longa e cansativa, a Preta dormiu a maior parte do tempo no colo, fora do transporte, mas chegaram todos bem.


Aí começou a parte da história que não presenciei, mas fiquei sabendo pelo que meus pais comentavam. A cadelinha deu uma baita mão de obra pro Fábio.


Adicionar legenda

Como ele estudava Medicina, precisava ficar o dia todo fora do apartamento e apesar de comprar brinquedinhos para ela, deixar água e ração, ela começou a aprontar dentro do apartamento. Roeu móveis, colchão e cortinas e o pior, descobriu-se que ela tinha o péssimo hábito de comer as próprias fezes (eeeeeecaaaaaaaaa). Praticamente todo dia ao chegar da Faculdade meu irmão precisava lavar quase todo o apartamento por causa da sujeira que ela fazia  Tentaram todos os modos e alternativas para resolver o problema, mas ficou impossível para eles manter a cachorrinha na apartamento.

Apesar de tudo eles gostavam muito dela. Sempre levavam passear, compravam guloseimas e brinquedinhos e a visita ao Pet para tomar banho então era quase que obrigatório, por causa da sujeira que ela aprontava.

Então, depois de mais ou menos 2 meses, lá fomos nós, em excursão buscar a Preta em Marília para traze-la de volta para Guarulhos e tentar “concertar” ela. Afinal o Fábio apesar de tentar, estava ficando sem tempo de cuidar da Prata e era judiação deixar uma mestiça de Basset com Beagle (duas raças bem agitadinhas) presa o dia todo em um apartamento. Ela ia aprontar o resto da vida.
 
Aqui a coisa também ficou complicada. A minha mãe sozinha (pois meu pai trabalha) não conseguia dar conta de cuidar da casa, de mim e de uma cachorrinha agitada e que ainda por cima tinha aquele hábito alimentar que, por mais que tentassem, não conseguiam eliminar.

Apesar de tudo nós nos dávamos bem. Eu a achava meio folgada, pois não demorou nadinha para subir no sofá, na camona e tomar conta da casa. Aquele medo de ser deixado de lado começou então a aumentar e eu não queria saber de nada. Ficava muito tempo quieto e triste no meu canto, o que preocupava bastante meus pais. Naquele período eu tive duas ou três convulsões.

Certa ocasião, minha mãe precisou ir ao dentista e como via que nós não brigávamos e que a Preta se comportava dentro de casa, forrou um dos sofás e nos deixou dormindo lá. Acontece que assim que minha mãe saiu, aquela sem vergonha da Preta, subiu até o quarto do Renato e cavou um buraco tão grande no colchão dele que cabia ela dentro. Fez o serviço, desceu e veio deitar ao meu lado, esperando minha mãe voltar na maior “cara de pau”. Minha mãe entrou em casa e achando linda aquela cena, subiu para se trocar. Foi quando ela viu o estrago e quase caiu dura. Ligou para o meu pai que na época trabalhava perto de casa. Ele veio e ao ver o que a Preta tinha feito deu a maior bronca nela que assustada ainda por cima fez xixi no mesmo colchão.

Outra história que foi até engraçada, tamanha a cara de “uééé” que meus pais fizeram, foi quando um senhor esteve lá em casa para fazer um orçamento para cobrir a garagem. Era hora de almoço e para que eles pudessem conversar direito, meus pais deixaram a Preta e eu na cozinha. Acontece que sobre a mesa estava o prato de comida da minha mãe quase intocado, com arroz, feijão e alguns pedaços de frango. Vocês acreditam que a Preta, com aquele tamanho subiu na cadeira, na mesa e “almoçou” todo o prato da minha mãe? Eu vi e custo à acreditar até hoje. Pois é, quando ela voltou para a cozinha não acreditou no que viu, ou no que não viu, a comida dela. Não deu nem para brigar com aquela cachorrinha sem vergonha.

Foi então que começou a campanha para a doação da Preta, já que chegou-se à conclusão de que seria impossível para ela ficar em casa. Minha mãe cansada, eu cada vez mais deprimido (não queria descer da cama e sair do quarto de jeito nenhum) e o meu pai super estressado, o que era preocupante já que ele já tinha enfartado.

Certa vez, na sala de espera da Pet Family, meu pai comentou que a situação em casa já estava quase insustentável e que se não encontrasse logo um dono pra Preta, ela ia voltar para a rua. Ele já estava desesperado e muito preocupado comigo e se tivesse que escolher todos imaginam qual seria a atitude dele. Ele sempre diz, “a família em primeiro lugar, sejam membros de duas ou quatro patas”. Foi aí que um bando de protetoras malucas, ficou ligando aqui em casa dizendo desaforos, sendo que uma foi muito mal educada com a minha mãe que ficou chocada. Eu sei o nome dela, mas é melhor não dar essa moral. Não sabemos até hoje quem deu o número do telefone para elas, mas foram bastante desagradáveis e intrometidas. A única que deu a maior força e ajudou bastante o meu pai foi a Mara. Ela não faz parte das malucas.

Devo lembra-los que naquela época meu pai ainda não tinha o conhecimento sobre espiritualidade dos animais que tem agora. Hoje ele não pensaria daquela forma, tenho certeza, pois esse conhecimento o despertou para várias coisas boas relacionadas a nós, juntamente com minha adorada mãe.

Poucos dias depois, chegou a época que todos mais temiam e que eu adorei. A Preta entrou no cio. Aquele aroma era impossível de se resistir e eu passei só a pensar naquilo. Foi uma noite de sábado terrível. Para mim que fiquei doidão e para os meus pais que não sabiam o que fazer. Até que a certa altura da madrugada., depois da Preta uivar e chorar sozinha e não deixar ninguém dormir, meu pai pegou nós 2 pelo cangote, deu a maior bronca e nos colocou para dormir no quarto dele. Dormimos o resto da noite sossegados, cada um no seu canto. Foi a primeira vez que a Preta dormiu no nosso quarto.

Nessa época foi que minha mãe descobriu os seus dotes de fabricante de calcinha para cachorro. Tinha até o buraquinho para o rabo cumprido e fino da Preta. Meu pai, quando percebeu a situação da cachorra, foi ao Pet e comprou umas duas calcinhas para cachorra e a minha mãe fez mais algumas. O grande problema era que a pornográfica da Preta tirava a calcinha na garagem, deixava elas lá e ainda por cima destruía os absorventes (ecaaaaaa, de novo). Isso realmente não era uma atitude decente de uma cadela de respeito. Por conseqüência, os absorvente depois de algum tempo, passaram a fazer parte da lista de comprar de mercado dos meus pais.

A campanha de doação continuava e no dia seguinte apareceu uma pessoa que se interessou em adotar a cachorrinha, tudo certo e lá foi ela num domingo à noite. Dois dias depois, após receber uma denúncia, meus pais e eu fomos até o Parque Novo Mundo em São Paulo busca-la de volta, pois a Preta tinha sido deixada nas ruas de novo. Chegando lá, nós a encontramos rodeada por 3 cachorros, meu pai botou eles para correr e apanhou a Preta, que por sinal continuava com aquele odor irresistível de cachorra no cio.

Só que desta vez ela não veio para casa. Ficou num hotelzinho da Drª Marjorie que aceitou ficar com ela até a cirurgia de Castração que foi feita pela Tia Nícea. Lá ela também chorou e uivou por duas noites seguidas, (até o Diretor do Hospital Stela Maris que ficava nos fundos do hotelzinho ligou para reclamar).

Após a castração ela voltou para a nossa casa, novamente aguardando alguém que a dotasse em definitivo. Cartazes, anúncios em jornais e boca-a-boca, até que num belo domingo de sol, apareceu em casa um casal com uma linda menina que se apaixonou na hora pela Preta, o que me pareceu ter sido recíproco, pois a cachorrinha adorou a menina. A Preta entrou no carro, ficou em pé no banco de trás e nem deu tchau.

E essa foi a última vez que vimos aquela cachorrinha. Até hoje meus pais não tiveram mais notícias dela, mas esperamos e torcemos para que esteja bem, afinal ela fez parte das nossas vidas e nos ajudou a crescer bastante.

Sei que meu pai se sentiu frustrado por um bom tempo, pois tinha a esperança de que a estadia da Preta em nossa casa desse certo, pois tanto ele como minha mãe achavam que seria bom uma companhia para mim. Mas o tempo provou que isso jamais daria certo.

Não querendo parecer egoísta, mas eu fiquei aliviado, a depressão passou, pois os meus pais voltaram a ser somente meus, não dividindo a atenção com mais ninguém, pelo menos até aparecer o Duque. Mas isso também é uma outra história.

Abraços

Zeus

quinta-feira, 21 de julho de 2011

AJUDA PARA O MEU AMIGO NEGÃO


Tô sempre de bem com a vida...

Olá  queridos amigos "humanos", meu nome é  NEGÃO, tenho mais ou menos 7 anos, sou  mestiço/mix  de Labrador,  estou vacinado e vermifugado, sou dócil, brincalhão, mas tenho um probleminha nas pernas traseiras que mão me permite correr e ficar muito tempo em pé nas 4 patas, pois logo fico cansado e tenho que me sentar ou deitar, mas isso não me impede de brincar, andar, comer, beber água, fazer minhas necessidades, enfim, ter uma vida normal. Esse problema foi causado por um atropelamento que sofri quando era mais jovem. Por isso fui abandonado pelos meus antigos donos. Um veterinário me examinou, e disse que agora não tinha como reverter, mas era preciso tomar algumas precauções para o problema não se agravar e, um fator muito importante é eu não engordar muito e por isso eu não fui castrado ainda, porque após a castração, ficamos mais "cheinhos".  Como eu ainda não tenho  uma familia que possa me dar os cuidados necessários e alimentação correta para eu não engordar, fiquei sem a possibilidade de ser castrado, mas se tiver alguém que cuide de mim, isso pode ser resolvido. Sei que a castração é importante.
Já fazem 5 anos que estou nesta propriedade dependendo do bom coração de algumas pessoas que ainda se preocupam em cuidar de mim. 
 
Preciso muito de uma familia que realmente possa me dar os cuidados que preciso,  principalmente agora que estou ficando mais idoso, tenho muito medo de não ter alguém ao meu lado no caso de precisar de socorro medico, pois fico dias e noites sozinho na propriedade e só tenho um pouco de companhia na hora de ser alimentado e na hora da limpeza.
Me adote a ganhe um grande amigo.

Também fico preocupado porque essa propriedade pode ser vendida a qualquer hora e o que será de mim? Para onde eu vou? O local onde eu estou é um terreno bem grande. Eu ficava numa casa antiga que recebia bastante sol, mas agora está sendo ocupada com materiais, então eu fui transferido para a casa dos fundos que é muito gelada, não bate sol, no inverno é horrível, e com esse tempo minhas patimhas doem e ficam mais sensíveis. 
 
POR FAVOR, SE VOCÊ PROCURA UM CACHORRO DÓCIL, CARINHOSO, QUE NÃO PRECISE DE MUITO ESPAÇO, COMPANHEIRO,  QUE CONVIVE BEM COM OUTROS CÃES, PESSOAS ADULTAS E CRIANÇAS , ESSE CACHORRO SOU EU!!!!!!
SÓ FALTA ME ADOTAR!!!! ME DÊ UMA CHANCE VAI?
 
MUITO OBRIGADO!
Negão
 
Contatos para me adotar com Regina e Helena
 
Regina
 
Helena

quarta-feira, 20 de julho de 2011

OBRIGADO AMIGOS......


PRETA

Quero pedir licença ao meu cãopanheirão Zeus para aqui deixar meus agradecimentos e estes seres iluminados de quatro patas que passaram e ainda fazem parte da minha vida, os quais posso com certeza chamar de AMIGOS.

Muito obrigado por me acompanharem, me ensinarem, me consolarem, mas acima de tudo, me darem razão de viver dia após dia.

DUQUE



ZEUS

Preta e Duque, que tão rapidamente me deram a alegria de suas companhias, cujas histórias o Zeus está preparanado e, em especial ao Zeus que me aguenta, me agrada, me faz carinho e me dá forças nos momentos mais complicados. Obrigado a esses espíritos em evolução na fase animal, que me ajudaram e ajudam muito na minha caminhada rumo à minha evolução.

Paulo César

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DUROS DE MATAR 4000.0 - OS CARRAPATOS

Durante toda a minha vida atual, nesta minha última encarnação neste planeta, nunca tive problemas com aqueles insetos chatos e nojentos chamados carrapatos. Sempre saí com meus tutores e no máximo apareceram um ou dois por ano que foram rapidamente eliminados não causando maiores danos.

Mas o que aconteceu no início do ano passado foi algo comparado a verdadeiros filmes de terror de Hollywood tipo ”O Ataque das Aranhas Assassinas”, “Piranhas” ou “Abelhas Assassinas” Foi o verdadeiro Ataque dos Carrapatos Assassinos, ou Duros de Marta 4000.0, tal a quantidade desses bichos que apareceu aqui em casa.

Numa bela manhã, ao estender no varal a roupa que ela usou no seu último trabalho no Centro que freqüenta com meu pai, a minha mãe notou dois pontinhos escuros na sua saia. Examinando mais detidamente, para sua surpresa encontrou dois dos referidos insetos.

Sem dar maior importância, apesar de achar estranho, eliminou-os e prosseguiu suas tarefas domésticas normalmente. Naquela mesma manhã, ao lavar o banheiro da nossa suíte (nossa porque afinal eu durmo lá também), minha mãe ao jogar água nos azulejos para limpa-los, viu horrorizada a verdadeira horda de carrapatos que descia do teto da suíte. Ela ligou para o meu pai, que estava trabalhando, e disse textualmente “Paulo eu não estou louca, mas tem uma infestação enorme de carrapatos aqui em casa.” Por mais que ela tentasse, a batalha era inglória, pois quanto mais ela recolhia e jogava na privada (a conta de água veio astronômica naquele mês), mais apareciam. Era uma coisa de louco mesmo. Até eu fiquei de boca aberta. Já imaginou se aqueles bichos resolvesses se “hospedar” nos meus belos pelos?

Meu pai quando chegou em casa para almoçar, encontrou a coitada da minha mãe muito assustada. Foi imediatamente no Pat Family a procura de ajuda e lá a Tia Nívea disse que o tutor da Jiji, uma Sheepdog que mora perto de casa tinha tido esse problema recentemente e conseguiu resolve-lo.

Meu pai então ligou para ele, o Arthur que contou ter usado um produto na casa dele por 3 meses até resolver o problema. Foi até o Pat Family e comprou o tal produto. Mas infelizmente não havia progresso na luta contra os bichos, que a essa altura já tinham me “descoberto”. Além de ser muito trabalhoso para a minha mãe aplica-lo, as costas dela doíam muito e quando fazia a aplicação em determinado ambiente, tinha que evitar que eu entrasse nele para não me intoxicar.

Os carrapatos se concentraram principalmente no banheiro e no quarto da suíte. Chegavam a invadir a cama dos meus pais que por várias noites os capturavam andando em seus corpos. Após apanha-los, os colocavam em uma garrafinha pet com álcool dentro. Por noite chegavam a apanhar 20 insetos. No dia seguinte colocavam fogo. Mas a luta era praticamente perdida. Eram muitos que vinham não se sabia de onde.

Até que numa última e desesperada tentativa, chamaram a empresa de dedetização mais famosa de São Paulo, a DDDRIM.

Eles vieram e explicaram que seriam duas aplicações com intervalo de 15 dias entre elas. Em cada etapa a casa teria que ficar vasia por 48 horas, principalmente de animais, e eu sou um é claro.

Na primeira aplicação, saímos de casa e fomos para a casa da Suely na praia (quando aconteceu aquela história do Botão Dedo Duro que já contei). Lá ficamos por dois dias (sábado e domingo) e retornamos no domingo à noite.

A casa estava ensopada de veneno e apesar da minha mãe passar um pano úmido o cheiro ainda incomodava bastante. Naquela noite eu passei muito mal e não dormi e nem deixei meus pais dormirem de tão incomodado que fiquei. Só consegui pegar no somo no final da madrugada, começo da manhã, quando meu pai deitou no beirada da cama e com muita paciência ficou fazendo massagem na minha barriga. Só assim dormi até a hora que ele me levou para a Tia Marissol examinar e dar um remédio que aliviou o meu sofrimento. O meu “pipi” ficou tão duro que parecia que eu estava pensado naquilo, mas não estava, foi alergia ao veneno mesmo.

Na segunda aplicação, meus pais me levaram para o apartamento do meu irmão lá em Marília e lá fiquei com a minha mãe por uma semana até o efeito do veneno passar.

Foi só depois da DDDRIM que os carrapatos sumiram, mas por outro lado em passei a sofrer bastante com alergia.

Só sei de uma coisa, até hoje ninguém entendeu como e porque aqueles carrapatos apareceram aqui em casa, mas graças a Deus sumiram e nunca mais deram sinal de vida.

Foi uma experiência muito feia, como diz a minha mãe e que eu não desejo nem para o meu pior inimigo felino, canino ou não. Eles foram realmente Duros de Matar 4000.0.

Zeus

terça-feira, 12 de julho de 2011

ESPIRITUALIDADE DOS ANIMAIS - A DESCOBERTA

Tudo começou pode-se dizer com a minha chegada à casa onde moro com meus tutores. Até então nenhum deles tinha se ligado tanto a um animal como a mim. Parece que estávamos destinados a ficar juntos e a descobrir coisas que nem imaginávamos existir.

A descoberta da espiritualidade dos animais pelos meus tutores ocorreu devido aos primeiros episódios de convulsões que aconteceram comigo. Depois de algumas consultas com a Tia Nícea (minha Veterinária como já contei antes), no início do segundo semestre de 2007, ela deu um número de telefone para o meu pai e disse que se tratava de um Centro Espírita que dava passas em animais e que talvez pudessem me ajudar com as minhas convulsões.

Meu pai logo que chegou em casa ligou e a pessoa que o atendeu de nome Miriam explicou que se tratava da ASSEAMA – Associação Espírita Amigos dos Animais e que os atendimentos eram realizados todas as quintas-feiras à tarde.

Meu pai não pensou duas vezes e marcou a minha primeira consulta e na quinta-feira seguinte nos dirigimos para aquela Associação que fica no Tucuruvi em São Paulo.

Lá chegando, passamos pela entrevista com a mesma Miriam e entrei pela primeira vez numa sala de passes, onde graças às boas vibrações e ao imenso amor aos animais que aqueles pessoas tinham, me senti muito bem.

Passamos a freqüentar aquele lugar maravilhoso e entre palestras, passes, entrevistas, meus pais conheceram pessoas especiais como a Sandra, Vitória, Valéria, Cidinha, Sheila, Miriam entre outras, e uma em especial chamada Dr. Marcel Benedeti.

Conheceram também vários tutores, que assim como eles, procuravam, através de passes amenizar o sofrimento de sues animaizinhos ou animaizões.

Dono de carisma, humildade, inteligência e um imenso amor a nos animais, o Dr. Marcel, que também era Veterinário e autor de livros que falam sobre a nossa vida no mundo espiritual, fazia palestras falando de assuntos relacionados a espiritualidade dos animais que meus tutores nem imaginavam existir.


Dr. Marcel, Sandra e Miriam

No início de 2008, começaram um curso chamado Espiritualidade dos Animais ministrado pelo Dr. Marcel, a Miriam e a Sandra que durou um ano e meio e trouxe uma infinidade de informações que despertaram de vez nos dois a consciência da importância que nós temos para eles e para o mundo.

Tornaram-se vegetarianos e passaram a me ver com outros olhos, mais exatamente como um espírito em evolução que está aqui para tanto aprender com eles, como lhes ensinar o amor e o respeito aos irmãos menores, que assim como o homem, também evoluem, encarnação após encarnação.

Com a ajuda espiritual, minhas convulsões foram se espaçando bastante, pois a espiritualidade me equilibrava bastante junto com meus tutores.

Até que infelizmente, por motivos que não é oportuno descrever aqui, o Dr. Marcel e alguns membros daquele grupo da ASSEAMA se desligaram da casa. Logo depois o Dr. Marcel, que já vinha muito doente, infelizmente para nós e felizmente para ele, deixou este planeta, desencarnando de volta ao seu verdadeiro lar, a pátria espiritual.

Depois que meus pais ficaram sabendo das verdadeiras razões que levaram ao desligamento do Dr. Marcel da ASSEAMA, também deixaram de me lavar lá, pois já não confiavam no equilíbrio espiritual e moral de pessoas que fizeram tanta maldade para o amigo deles.

Hoje meus pais, que trabalham na Umbanda, ainda lêem e estudam bastante, procurando adquirir cada vez mais conhecimento de assuntos relativos a nossa espiritualidade, entendendo da melhor maneira possível nossas reações, sofrimentos e alegrias.

Pesquisando na Internet, meu pai um dia descobriu o TUCA – Templo de Umbanda Caridade e Amor lá em Pirituba, onde o Grupo Anjos de Luz também realiza tratamento espiritual para animais. Trabalhando na corrente dos Pretos Velhos, provocaram muita satisfação, principalmente no meu pai que sempre achou que era plenamente possível essa união entre Umbanda e animais.

Pessoas como a Juliana, Vinicius, Vanessa e outros também procuram com o estudo e o conhecimento, dar condições às entidades dessa linha, trabalharem para nos ajudar, atenuando bastante o sofrimento daqueles que os procuram, sejam animais ou humanos.

Apesar do preconceito que ainda gira em torno dessa combinação Umbanda/Tratamento Espiritual para Animais, tenho certeza de que eles ainda vão longe.


Sheila, Flavia, Ícaro, Miriam, Camila e Silvia

Por outro lado, o grupo que deixou a ASSEAMA, fundou o Grupo Irmãos Animais do qual meu pai faz parte que, com a ajuda do Grupo Auta de Souza no Carandiru em São Paulo, que gentilmente cedeu seu espaço, passou a seguir os ensinamentos e os trabalhos  difundidos pelo Dr. Marcel Benedeti, atendendo também a nós animais.

Meu pai lembra até hoje das palavras ditas no Hospital pelo Dr. Marcel Benedeti, quando ele e minha mãe foram visitá-lo, já com a saúde bastante debilitada: “por favor, não deixem meu trabalho morrer.”  Graças a Deus tanto eles, como as pessoas do Grupo Irmãos Animais e dos Anjos de Luz do TUCA, como pelo menos mais uns 2 da grande São Paulo estão levando esse pedido à serio, trabalhando em nosso benefício.


Meu pai, Miriam, Flavia, Sheila e Ivany

Eu, Zeus sou testemunha canina de que isso nos ajuda e muito, pois caso contrário eu não teria melhorado e meus pais não teriam se engajado nessa corrente do bem.

Hoje pessoas como a Flávia, Camila, Silvia, Sheila, Simone, Miriam (aquela mesma que atendeu ao primeiro telefonema do meu pai), Ivany, Juliana, Vanessa, Vinicius além do meu pai, encarnados e o Dr. Marcel juntamente com vários no plano espiritual, são verdadeiras bandeiras desse trabalho tão importante para o futuro do convívio entre humanos e animais.

Obrigado a todos.

Zeus

sexta-feira, 8 de julho de 2011

FIM DE SEMANA CHEGANDO!

Olá pessoal, estou de volta. Emprestei o meu espaço um pouquinho pro meu pai e ele fez o maior discurso. Caramba, estou ficando com ciúmes desse tal Ariel. Onde já se viu um leão doméstico? Mas, brincadeiras à parte, dos males o menor, pelo menos ele é um leão doméstico, foi salvo e adotado após o parto e não virou um leão de circo ou um leão de Zoológico, preso eternamente para todo mundo ficar olhando, como se fosse um condenado por um “crime". E de quebra, através da prova que ele está passando, está dando uma senhora lição de amor e fraternidade para os humanos. Espero que outros aprendam.

Outra coisa, to achando ele bem invejoso. Vocês viram a foto dele deitado na camona igual a mim? Bichano esperto, sabe o que é bom.

Mas voltando ao meu caso, depois de uma semana difícil com convulsões, dor de barrigão, ainda vomitei duas vezes entre ontem e hoje, ta chegando o fim de semana e fiquei sabendo que amanhã meus pais não têm curso lá em Pirituba City, o que significa que ficarão mais tempo comigo. Agora vou sarar de vez.

Bom final de semana para todos e na próxima vez que aparecer por aqui vou falar da descoberta da espiritualidade de nós animais pelos meus pais. É uma história muito bacana, pelo menos é o que eles dizem.

Zeus

quinta-feira, 7 de julho de 2011

LIÇÃO DO LEÃO ARIEL

Hoje vou tomar a liberdade de ocupar o espaço do meu Cãopanheirão Zeus para fazer algumas humildes considerações sobre a visão de um Espírita Umbandista
da situação tocante e guerreira do leão Ariel, mostrado mais recentemente no programa Estação Pet da linda Luisa Mell e no SPTV 2ª Edição de ontem (06/07/2011).

Como mostrado no domingo o belo animal nasceu de uma cesariana visto que a mãe não conseguia dar a luz ao seu filhote. No procedimento após retornar da sedação, a mamãe leoa não reconheceu o leãozinho como filhote visto que não efetuou os habituais procedimentos de limpeza do mesmo após o parto, rejeitando-o então.

Assim a inspirada Raquel adotou o bichinho que passou a considera-la como sua verdadeira mãe.

Com o passar do tempo, nosso amigo leão cresceu e assim mesmo nunca esboçou qualquer reação de agressividade com sua tutora ou qualquer pessoa de sua convivência até que o imponderável aconteceu: após saltar para alcançar uma bexiga com água o Ariel caiu de mau jeito e no dia seguinte já começou a sentir os efeitos dessa infelicidade, apresentando sinais de dor ao firmar uma das patas traseira no chão.

Apesar dos cuidados da tutora, o problema foi se agravando a hoje nosso amigo felino encontra-se tolhido quase que completamente dos seus movimentos, estando praticamente tetraplégico, completamente dependente de humanos para se movimentar, comer, e outras necessidades básicas.

Daí perguntamos, qual a visão que podemos ter para essa saga incomum tanto para um espírito na fase animal, como o do Ariel, como o na fase hominal como e de sua tutora?

Segundo a Doutrina Espírita, nosso espírito evolui do átomo ao arcanjo, passando pelas fases de mineral, vegetal, animal e hominal, angariando experiências que, com as diversas encarnações o levam à perfeição na fase de anjelitude.

Mais especificamente na fase animal, privado ainda do livre arbítrio, por não ter o conhecimento do certo e do errado, do bem e do mal, o animal guia-se basicamente pelo instinto de sobrevivência, cada qual se encaixando no seu lugar na cadeia alimentar. Assim caçam para prover o seu sustento e o de sua prole, não gerando jamais qualquer tipo de carma por tais atitudes que tomam apenas por sobrevivência, ao contrário do homem que mata pelos mais diversos motivos. Mas isso é uma outra história.

Os homens por sua vez, estão para os animais assim como Deus está para nós, ou seja, como guias, exemplos e pai amoroso. A distância deles para nós é proporcionalmente a mesma de nós para Deus. Infelizmente muitos seres humanos não entendem isso e ao invés de se colocarem como deuses para nossos irmãos menores, se apresentam como verdadeiros demônios.

Todas essa interligação de carinho e amor entre humanos e animais que sempre deveria existir está escancarada no relacionamento entre Ariel e sua tutora. Um animal que primaria pelo instinto, tornando-se agressivo com o seguimento de sua vida, tornou-se um verdadeiro companheiro e dependente dela, dá as mais belas demonstrações da troca de amor que deve existir entre os seres para as suas evoluções.

Muitos seres humanos na menor dificuldade não possuem a resignação e a evolução que aquele espírito na fase animal apresenta na sua batalha para vives com uma certa normalidade.

Certamente quando atingir a fase de humanidade, aquele espírito trará na sua bagagem um aprendizado tão grande de compaixão, amor ao próximo e autruismo que assim, como já o é, será um valoroso professor de como um ser humano deve se comportar diante da vida animal.

Não devemos esquecer de que o verdadeiro lugar de animais como Ariel é na natureza, não em zoológicos, circos ou qualquer tipo de cativeiro. È contra a natureza o homem retira-los de seus verdadeiros ambientes, mas a sabedoria Divina é tão grande que se aquele leãozinho tivesse nascido no meio selvagem, provavelmente hoje não estaria vivo para nos dar os ensinamentos que presenciamos, pois a seleção natural já o teria eliminado quando adoecesse.

Por outro lado, a garota que cuida dele nos ensina que como se diz na igreja católica, “o que Deus uniu o homem não separa”, ou seja o verdadeiro amor que Deus através de São Francisco de Assis ensinou, nunca separará os homens dos animais, por mais que alguns representantes dos primeiros tentem. Dia haverá em que esse amor se perpetuará.

Obrigado Ariel pela imensa lição que você e sua tutora estão nos dando e que tenhamos olhos de ver para enxerga-la e segui-la. Esses são verdadeiros espíritos em evolução querendo aprender.

Paulo César

terça-feira, 5 de julho de 2011

CONVULSÕES, QUE SOFRIMENTO.......

Olá pessoal, depois de um final de semana meio difícil para mim, cá estou eu de volta para contar minhas histórias.

Aproveitando as crises de convulsões que me atormentaram no domingo, vou fazer alguns comentários sobre essa coisa desagradável e que me faz sofrer bastante, deixando meus pais sempre muito preocupados e aflitos.

A primeira vez que vivi essa triste experiência foi a mais ou menos quatro anos. Somente depois de algum tempo é que eu e meus pais descobrimos que o que ocorreu naquela noite tinha sido provavelmente a primeira vez que tive convulsão.

Naquela época eu dormia no “quartinho de empregada”, cômodo que constroem para que as empregadas durmam (de pé) bem apertadas, mas que para mim era uma verdadeira suíte, afinal tinha o quarto e o banheiro (quintal) juntos. Só faltava a hidromassagem.

Certa noite ao levantar pela manhã para fazer o café, ao abrir a porta da cozinha, o meu pai se surpreendeu pois encontro a máquina de lavar fora do lugar e um vaso grande de plantas da minha mãe com um dos lados quebrados. Achou muito estranho, pensou que tinha entrado ladrão lá, mas como eu não lati e não tinha sinal nenhuma de tal tentativa, não conseguindo encontrar nenhuma explicação, deixou pra lá. Mas aquilo foi o que ficou de minha primeira crise, aparentemente tão violente que causou aqueles estragos.

A primeira vez que meu pai presenciou uma crise, estávamos deitados na camona, para variar, quando de repente eu me levantei e ao pular para o chão bati com a cabeça na porta de vidro da sacada, que graças a Deus não quebrou. Daí veio todo o processo, tremores, salivação, corpo todo travado e assim por diante.

Assustados meus pais ligaram para a Tia Nícea, momento em que o meu irmão Renato já estava comigo no colo, depois de terminada a crise, para me levar até lá. Mas, com muita calma, ela falou que era para nos tranqüilizarmos, esperarmos a crise passar e caso ela acontecesse novamente me levar até lá.

Assim mesmo, naquele dia, meu pai me levou lá e ela explicou que eram convulsões, que eu não tinha hepilepsia, mas sim que eu sou um cão convulsivo e que preferia não me dar Gardenal por causa do meu sistema hepático que é um pouco sensível.

Passado algum tempo e depois de nova crise, a Tia Marissol, outra Veterinária da Pet Family, falou para os meus pais sobre a FACSIS – Faculdade de Ciência da Saúde, onde fazem tratamento veterinário homeopático. Foi quando, depois de ir lá, comecei a tomar aquelas bolinhas doces de homeopatia que me ajudaram bastante e espaçaram bem as crises. Ao mesmo tempo a Tia Nícea nos indicou a ASSEAMA - Associação Espírita Amigos dos Animais, onde faziam tratamento espiritual para nós, animais.

Dessa parte espiritual vou falar em outra ocasião. Aguardem pois é muito bacana.

Só sei que espaçadas ou não, as convulsões são muito difíceis de agüentar. Com o tempo aprendi a identificar quando elas vão ocorrer e a “procurar” meus pais pedindo ajuda e amparo.

A parte boa é que passei a dormir no quarto dos meus pais, pois assim eles estão por perto quando as crises acontecem à noite. A sensação de estar protegido é muito boa quando eu “volto”. Fico com muita dor no corpo, uma dor de cabeça que demora um pouco para passar ed bastante sonolência durante o resto do dia. Graças a Deus que, ao contrário de outros cães, não tenho incontinências durante as crises, mas quando acabam me dá uma vontade enorme de fazer xixi e cocô, quando tenho que correr para o quintal.

Já tive duas crises na rua, quando estava passeando com meu pai e machuquei o meu focinho.

Só sei que com a homeopatia e os tratamentos espirituais, até o ano passado eu estava indo bem. Só neste ano que a coisa ta meio complicada, pois de janeiro para cá já aconteceram 6 convulsões e estamos todos, eu mais ainda, preocupados e com medo. As duas últimas foram no mesmo dia e me deixaram muito mal. Só hoje estou melhor, mas esse frio me faz mais é querer ficar na cama, para onde vou voltar até a hora que me pai chegar para almoçar, quando ele me leva pra dar uma voltinha. Fui.

Zeus

sábado, 2 de julho de 2011

O ATAQUE

Hoje vou contar uma história um pouco triste que aconteceu comigo e meu tutor a mais ou menos dois anos, numa das vezes em que fui na Tia Nícea, minha Veterinária.
Quando lá estávamos aguardando sermos atendidos, não me lembro porque exatamente fomos lá naquela noite, uma senhora chegou aflita com seu cãozinho no colo, dizendo que ele estava com muita dor.
O meu pai com pena e já que seríamos os próximos a falar com a tia, falou para a senhora passar na frente  pois o caso dela era mais urgente.
Assim, depois de pouco tempo passamos pela consulta e saímos para vir para casa. Ao virarmos uma esquina, aqui perto, eu vi um cachorro grande, peludo e todo branco na mesma calçada e cometi a besteira de latir para ele. Na mesma hora e quase que automaticamente, o dito cujo, não sei ao certo de era um Akita, Hurki ou um Kuvaz, partiu para cima de mim e do meu pai. O ataque daquele cão enorme foi mortal, pois do jeito que ele me pegou era para matar. O meu pai, apesar de sempre andar com um pedaço de pau nas mãos, não teve nem tempo de reação, tal a velocidade do ataque.
Na hora que dei por mim, minha cabeça estava dentro da boca daquela fera descontrolada e eu só conseguia gritar de dor. Meu pai que já tinha sido derrubado, batia como podia com o pedaço de pau no agressor e nada de ele me largar. Até que graças a Deus, os funcionários de uma farmácia da qual estávamos em frente e o guarda noturno que fica naquela rua, nos socorreram. Um deles pegou o cachorro pelas patas de trás e as torceu até que com muita dor ele me soltou.
Foi aí que meu pai descobriu que a dona daquela fera, uma adolescente de mais ou menos 12 anos, tinha entrado na farmácia e deixado o cão “amarrado” no poste com apenas duas voltas da guia. Aquilo não foi o suficiente para segura-lo naquele momento, gerando toda aquela “loucura”.
Mau pai, machucado, e eu, mais ainda, voltamos para a Clínica e após eu ter sido examinado, fomos levados para casa. Lá, depois de algum tempo, comecei a sangrar e minha mãe descobriu o tamanho do furo no meu pescoço. Voltamos ao Pet  Family e foi constatado que havia uma perfuração que por milímetros não atingiu uma de minhas veias o que poderia ter sido fatal.
Só sei que fui novamente medicado e entre curativos e repouso fiquei uns 10 dias de molho sem sair de casa. O legal é que meu irmão Fábio, que já era quase Doutor, e a namorada dele, na época, Pâmela que era Enfermeira, cuidaram muito bem de mim. Até a Tia Nícea veio aqui em casa para me ver e fazer os primeiros curativos.
Me lembro bem que meu pai ficou muito mal naquela noite, não contem para ninguém, mas ele até chorou, se sentindo culpado por não ter conseguido me proteger. Mas se serve de consolo, sei que a espiritualidade estava do meu lado, pois foram eles que colocaram aqueles homens da farmácia, mais o guarda noturno para nos ajudar.
Meu pai procurou por alguns dias o dono daquele cachorro, mas até hoje não mais o viu ou descobriu onde moram.
Sei que parte da culpa do ocorrido foi minha, já que se eu tivesse ficado quieto e não latido para aquele cão, provavelmente nada teria acontecido, mas eu não consegui e não consigo até hoje ficar quieto e sempre lato quando vejo outro cachorro, seja ele de que tamanho for. Afinal, eu sei que meu pai vai estar lá para me defender. Tomara que ele não leia esta parte rssrsrsr......
Zeus (Essa é a foto de como fiquei na época).