domingo, 21 de abril de 2013

O GUARDINHA

Olá pessoal.

Lojinha, casa de material de construção e lotérica
Hoje eu vou contar uma pequena historia que aconteceu faz mais ou menos uns dois anos, mas que só agora me inspirei pra relatar.
    
Meu tutor e eu sempre passeamos pelas ruas por perto de nossa casa e sempre fomos muito bem recebidos na maioria dos pontos comerciais aqui do nosso bairro.

Padaria, lotérica, lojas, casas de materiais de construção, banca de jornal, Bancos, açougue, farmácia, lavanderia, salão de cabeleireiro e por aí vai.

Calçada onde o guardinha queria proibir que andássemos
Sempre fomos também muito bem recebidos pelos gerentes e funcionários de uma agência do Banco do Brasil que fica dentro de um lugar chamado FÁCIL da Prefeitura de Guarulhos, pois meu pai tem conta lá e sempre que pode, aproveita que estamos passeando, passa lá pra pegar um dinheirinho ou pagar uma conta.

Eu adoro ir lá, pois quando tá calor, o ar condicionado e o chão geladinho são convites pra eu me esparramar no chão daquela mini-agência e me refrescar.

Farmácia
Tudo ia conforme a rotina naquele final de tarde, passeamos e quando íamos para casa, entramos no Banco do Brasil pro meu pai fazer algo. Estávamos na fila, tinha mais ou menos umas sete pessoas na nossa frente, esperando pra usar um dos caixas eletrônicos. Como de costume, alguns dos que lá estavam vinham fazer festa comigo, enquanto outros não se incomodavam, pois a grande maioria que vai lá, conhece meu pai e eu.

Devo lembrar a todos que meu pai sempre procura seguir a lei, me conduzindo com guia e coleira e como eu não sou um cão bravo e que se enquadre nas exigências da lei, não preciso de focinheira. Por isso também que ele me leva com tranquilidade em todos esses lugares, pois não representou amaça para ninguém, adultos, crianças ou outros animais.

Banco Santander
Tudo ia bem, até que dois “guardinhas”  da GCM da Prefeitura de Guarulhos resolveram entrar e aos berros mandar o meu pai sair comigo, pois segundo eles já tinham dito por meu pai que era proibido entrar lá. Devo dizer que isso nunca tinha acontecido, pois como eu já disse, todos dali sempre nos receberam muito bem.

Na hora o meu pai pensou em discutir com aqueles dois sem noção, mas em respeito às demais pessoas que lá estavam saiu. Eu não entendi nada  e nem o porque daqueles caras fazerem aquilo.

Por do sol no interior do Paço Municipal
Aí, meu pai me levou até em casa, me deixou lá e voltou ao Banco. Quando lá chegou, procurou aqueles guardinhas e falou poucas e boas pra ele, lembrando-os inclusive, que eles eram funcionários do mesmo local (Prefeitura) e que não tinham o direito de desrespeitar ninguém daquela forma, ainda mais um colega de trabalho.

Padaria
A prepotência dos caras foi tão grande que eles chegaram a dizer que meu pai não recolhia as minhas “lembrancinhas”, deixando lá pros outros pisarem, o que não é verdade. Aí meu pai virou pra eles e disse. “Acabei de recolher e está naquela lixeira ali. Quer que eu pegue pra vocês fazerem exame de DNA pra comprovar que é do Zeus?” Depois de muito bate-boca e de eles ameaçarem meu pai e eu até de proibir de andar nas calçadas do bairro, meu pai deu uma boa risada, virou as costas e veio embora.

Se no interior do Paço já é proibido a gente passear, só faltava proibir nas calçadas kkkkkk......

O gozado é que o Paço Municipal de Guarulhos é um dos lugares onde as pessoas abandonam cachorros que não querem mais e muitos dos funcionários que trabalham lá, Guardas inclusive, recolhem e tratam com carinho muitos deles, ficando com alguns de mascote, como foi caso do Malhado (que já morreu) e agora da Belinha e do Negão.
Eu no Banco do Brasil

Ficamos um bom tempo sem irmos àquela agência bancária, não por medo, mas o meu pai não queria que criassem problemas pra mim.

Hoje, com o carinho e o respeito dos Guardas Municipais (com letra maiúscula) que prestam serviços lá, voltamos a frequentar o Banco, pois eles sabem respeitar tanto as pessoas como seus companheiros de quatro patas.

Quanto àqueles dois elementos, graças a Deus nunca mais o vimos e espero que estejam prestando serviço lá na Conchichina.

Até a próxima e lambeijos para todos.

Zeus

terça-feira, 5 de março de 2013

MINHA PRIMINHA POLY

POLY EM PORTO FERREIRA EM 2010

Olá pessoal.

Olha eu aqui de novo. Desta vez vou contar uma pequena historia de uma amiguinha, acho que possa chama-la de priminha, já que as tutoras, dela e minha, são irmãs.
Estou falando da Poly, uma mestiça de Pintcher com Fox Paulistinha, que é um doce de cachorrinha.

Eu a conheci em 2010, numa visita que minha família fez à minha tia Cida, quando ela ainda morava lá em Porto Ferreira. Eita lugar quente, mas muito gostoso.

EU EM PORTO FERREIRA
Apesar de, naquela época não ter podido brincar muito com ela, pois é muito pequena e a tia Cida não gostava que ela ficasse dentro de casa, eu gostei dela, pois não ficava pulando em mim e tentando morder as minhas patas. Ponto pra Poly.

MINHA MÃE E A TIA CIDA
Na semana passada, meus tutores foram até Bertioga para visitar e tia Cida, pois meu pai precisava passear um pouco, já que tirou férias e não conseguiu se distrair quase nada, por causa da reforma da nossa casa.

POLY E A KARINA
Lá eles encontraram a Poly de novo, mais adulta, mas ainda pequena e muito bem cuidada. Segundo eles, ela é uma amor de cachorrinha, muito educada, obediente e absolutamente apaixonada pela Karina, sobrinha dos meus pais.

Só quando sai na rua com a Karina que ela fica se achando, como todo cachorrinho pequeno, e querendo arrumar encrenca com a vizinhança. Até com dois cavalinhos que moram por lá a Poly cismou.
   

Eu só não gostei de uma história que fiquei sabendo, não porque eles me contaram, mas pelo cheiro que ela deixou nos lençóis. Olfato de cachorro é infalível.
POLY PASSEANDO

Quando chegava a noite, na hora de dormir, a tia Cida arrumava a caminha dela num canto e mandava a Poly ir deitar. Ela, mais do que depressa e muito obediente ia pra lá e deitava.

Quando todo mundo apagava as luzes e deitava, lá vinha ela, no maior silêncio e pulava pra cama dos meus pais arrumada sobre colchões e edredons no chão, e lá se instalava, bem no meio deles. E lá ficava a noite inteira. Só de manhã que ia pros pés dos meus pais e acabava de dormir.

O barato é que a minha mãe ficava preocupada em dormir e rolar por cima da Poly e esmaga-la. Mas isso não aconteceu.

Eu só queria ver se eu estivesse lá se isso ia acontecer. No mínimo a gente ia ter que dividir o espaço, eu e ela, meus pais que se virassem.

Apesar de uma pontinha de ciúmes, a Poly está perdoada, pois foram só três noites, o resto do ano, a “camona” é minha.

Lambeijos para todos, até a próxima e parabéns pra tia Cida e pra Karina por darem tanto amor e cuidados pra minha priminha..


Zeus

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

PINK


Olá pessoal, faz tempo né? Mas aqui estou eu de novo e desta vez para fazer uma pequena homenagem a uma amiguinha que nos deixou hoje de uma forma muito triste.
O nome dela era Pink, uma cachorrinha linda da raça Poodle que morava lá em Marília e que conheci no final do ano de 2010, início de 2011 quando fui passar o ano novo no apartamento do meu irmão Fábio, o Doutor.
Ela não ia muito com a minha cara, mas eu não a culpo, afinal invadi a casa dela e ainda por cima bebi água no pote de sua propriedade. Mas foi meu Pai que mandou, eu juro.
Ela morava com o Pai dela, Sérgio, que passou a morar sozinho numa casona, depois que a filha dele virou minha cunhada, onde também tem outros dois cachorros que meu pai acha lindos, vira-latas e que, também segundo meu pai, são muito simpáticos.
Mas essa amiguinha, a Pink, era a grande companheira do Sérgio, ia com ele pra todo canto de Marília, inclusive à padaria todas as manhãs.
Acontece que foi num desses passeios que o que ninguém espera e deseja aconteceu.
Como todas as vezes, o Sérgio entrou na padaria e deixou a Pink sentadinha na porta esperando pacientemente que ele comprasse as suas coisas e então voltassem para casa.
Só que algo inesperado aconteceu. Não se sabe se ela sentiu o cheiro de algo ou viu alguma guloseima esquecida no chão, mas a cadelinha foi até a sarjeta em busca daquilo que chamou a sua atenção. Enquanto estava lá distraída, um motorista entrou no seu carro que estava estacionado no local e sem ver a pobrezinha, deu partida no carro e ao coloca-lo em movimento atropelou a Pink que infelizmente desencarnou na hora.
O pai dela está inconsolável, assim como a Juliana (minha cunhada) pois ela era a  grande companheira dele nas principais atividades diárias. O corpinho dela já foi enterrado num sítio lá em Marília mesmo e com muita tristeza seu pai se despediu dela.
É meio difícil imaginar pelo que o Sérgio está passando, mas de uma coisa eu sei, a Pink não sentiu praticamente nada na hora do acidente e ela já está amparada pelos bons Espíritos que trabalham com São Francisco de Assis no resgate e amparo dos nossos amiguinhos que nos deixam.

Disso tudo só temos uma lição a tirar. Ao passear com meus amiguinhos de quatro patas, os tutores nunca, em hipótese alguma, devem sair sem guias e coleiras. A grande Protetora de Animais Luisa Mell sempre diz que nós somos como crianças. Qualquer distração é suficiente para corrermos, nos perdermos e sofrermos acidentes graves como o que contei aqui. Se a Pink estivesse com esses equipamentos, ou no colo do tutor, hoje ela ainda estaria entre nós.
Beijos a todos e seja qual for a sua religião ou fé, façam uma vibração por eles, o papai Sérgio e pela Pink.




Zeus.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

VAI CORINTIA.....AFFFF.








Olá pessoal, depois de um tempinho, cá estou eu com a minha mais recente aventura.

O ser humano inventou um monte de coisas que eu adoro. Ração, ossinho, bolinhas, brinquedinhos e panos que eu possa roer e rasgar, coleiras e guias para me levar passear e bolas com o símbolo do Corintia para eu detonar. Mas se tem uma coisa que eles inventaram e que eu detesto e tenho muito medo, são esses tais de fogos de artifício.


Como se já não bastasse eu e meus outros amigos de quatro patas termos que aguentar essa tortura nas épocas de Natal e Ano Novo e nas tais Copas do Mundo a cada 4 anos, agora um bando de loucos, literalmente, que torcem prum tal de Corintia resolveram tornar a nossa vida um inferno.

Tudo começou no dia 27 de junho deste ano, uma quarta-feira. Estava acontecendo um jogo entre um tal de Boca e esse Corintia e alguns dos meus vizinhos achando que isso é uma maravilha, resolveram soltar verdadeiros morteiros na nossa rua. O barulho era ensurdecedor e o pavor que me causava é difícil de descrever. Eu sinceramente não consigo entender como alguém consegue ter prazer em fazer tamanho barulho. O pior é que todos eles têm amiguinhos de quatro patas em casa e não pensam nem um pouquinho neles. Morro de dó dos coitados.


Depois daquela noite em que fomos dormir era mais de uma hora da manhã, meu pai decidiu que tinha que tomar uma providência para não me ver mais passar por aquele trauma, uma vez que podia desencadear uma crise convulsiva em mim e isso ninguém gosta, muito menos eu.


Assim ele teve a ótima ideia de procurar um Hotel que aceitasse pets nas suas acomodações e depois de dar uma procurada na Internet, encontrou o Hotel Matiz aqui em Guarulhos. Só tinha um problema: eles só aceitavam cães de médio e pequeno porte. Mas meu pai não desistiu.

Depois de conversar  com uma moça de nome Viviane e de explicar o caso, ela se compadeceu da situação e aceitou que um pequeno Labrador como eu passasse a noite de 4 de julho, data do próximo inferno corintiano, num dos quartos daquele Hotel com ele e minha mãe.

Então lá fomos nós. Por volta das 19:30 h saímos de casa, o inferno já tinha começado, apesar do tal jogo só começar às 22:00 h, e fomos nós para o tal Hotel.


Eu estava todo empolgado, pois já tinha passado noites em casa de amigos, apartamentos, casa de praia, mas nunca tinha ido num hotel. E confesso que adorei.

O quarto era muito gostoso e confortável, limpinho e até com internet sem fio. Se o barulho de fogos não ficou totalmente isolado, não deu para ouvir quase nada, já que as janelas eram bem vedadas e o lugar não fica numa área residencial. Só no meio da noite que apareceu um maluco gritando na frente do Hotel “VAI CORINTIA” e eu fiquei um pouco preocupado, pois sempre depois disso eu sabia que vinha barulho de fogos, mas graças a Deus isso não aconteceu.


Confesso que não resisti e logo que entramos, aquela cama cheirosa e arrumadinha foi o primeiro lugar para onde pulei. Sorte que eu tinha tomado um bom banho lá no Pet Family antes. Eu também tava bem cheiroso.


O meu pai disse que ficou um pouco “salgado” o preço dessa aventura, mas que valeu a pena só pelo fato de me ver bem.

Numa coisa eu concordo com ele. É realmente um absurdo a gente ter que sair da nossa casa para poder ter um pouco de tranquilidade numa noite de futebol. Eu acho que esse bicho chamado ser humano tá perdendo a noção do que é certo e errado e dos limites dos direitos de cada um. Sorte que tem algumas exceções, mas elas estão ficando cada vez mais raras.

Quero, em nome do meu pai, agradecer à Direção do Hotel Matiz pela noite de sossego, principalmente à Ester e à Viviane. Muito obrigado pessoal.

Quero voltar lá.


Zeus

segunda-feira, 26 de março de 2012

ESTRELA


Olá pessoal, mais um historinha pra vocês.
LABRADOR CHOCOLATE
Ontem em mais uma costumeira caminhada de fim de tarde com meu tutor, ou meu pai, pelo bairro onde moramos, ao chegarmos em frente ao Hospital Bom Clima que fica a mais ou menos duas quadras de casa, percebi a aproximação de uma cadela que vinha por trás da gente.
Parei e me virei e, automaticamente meu tutor se virou pronto para me defender, como sempre.
Mas qual não foi nossa surpresa quando aquela bela espécime canina se aproximou de mim e com maior alegria passou a me cheirar, o que obviamente me deu abertura pra fazer o mesmo,é claro.
WEMARANER
Era uma mistura perfeita de Labrador com Weimaraner o que resultou numa cadela entre o chocolate e o cinza, cor tradicional da segunda raça que mencionei. Era alta magra e extremamente dócil.
Mas  o que acabou roubando a cena foi o tutor daquele animal que bêbado como um gambá, virou  pro meu pai e disse “Calma senhor ela não vai ofender o seu cachorro.”
Meu pai que também estava encantado com a cachorra, falou que sabia disso e perguntando o nome dela também passou a fazer a maior festa com a minha nova descoberta. O cara disse  que o nome dela era Estrela, nome mais do que merecido por sinal,  Mas o tutor cambaleante continuava afirmando que ela não ia me ofender. Eu mais do que todos já havia percebido isso.
Depois de muito cheira aqui e cheira ali, a dupla, Estrela e seu tutor etílico seguiram o seu caminho, para a minha decepção, na mesma direção que nós, mas bem mais acelerados.
Ao recordarmos toda a cena, lembramos a verdadeira adoração que a Estrela tinha pelo seu tutor, sempre caminhando ao seu lado, mesmo sem guia ou coleira, idolatrando-o e como que protegendo-o.
Apesar do inusitado, foi uma bela lição do verdadeiro amor entre cão e homem, apesar dos pesares alcoólicos né gente. Espero encontrá-la novamente um dia desses.
Infelizmente não temos fotos da Estrela, pois por motivos óbvios nem o tutor nem ela paravam quieto e já estava escurecendo num belo final de tarde.


Zeus

domingo, 12 de fevereiro de 2012

TAY - PARA SEMPRE AO MEU LADO (HELENA)


Olá pessoal, desta vez vou contar uma história que parece triste, mas que é uma grande lição de amor de uma pessoa de um coração maior que ela pelo seu amiguinho. O nome dela era Tay.

O Tay era um dos cachorrinhos que a amiga do meu tutor, Helena cuidava dentro de um terreno baldio perto na nossa casa.

Ele morava lá junto com a sua amiga Princesa, dois belos Vira-Latas pretos básicos, muito simpáticos.

O meu tutor ficou conhecendo eles, porque toda vez que passávamos pelo local, onde hoje é um conjunto de sobrados inacabados, estavam no portãozinho e meu tutor sempre brincava com eles, pois eram muito mansinhos.

Algumas vezes, o meu pai ajudava a Helena levando um deles para passear, para que pudessem se exercitar nas ruas, se bem que sinceramente não sei se era preciso, pois o terreno onde moravam tinha um belo espaço para correrem e brincarem. Dava um 10 quintais como os da minha casa. Vai aí uma pontinha de ciúmes.

Tudo corria bem até que o terreno em que eles moravam foi vendido e o novo proprietário pediu para que a Helena retirasse os meus amiguinhos de lá o mais rápido possível, pois iria construir ali, como de fato o fez, o conjunto de sobrados.

Começou então uma luta desesperada para se encontrar um local para aqueles dois viras, até que uma industrial se ofereceu para abrigá-los na sua empresa. Sem outra alternativa, a Helena concordou e com o coração apertado levou os dois para lá. Seria mais difícil ver os bichinhos, fora a possibilidade palpável de serem adotados e se distanciarem definitivamente.

Mas, e tem sempre um mas, as coisas não saíram conforme o planejado. Depois de alguns dias hospedados lá, o Tay começou a ficar doente, quando a Helena foi chama e sem pensar duas vezes trouxe os dois de volta para o terreno.

Após a piora do meu amiguinho a Helena levou-o à Tia Nícea, quando ficou sabendo que ela tinha pegado aquela doença terrível que vai nos matando aos poucos, chamada Cinomose.
Aí começou a luta da Helena para cuidar do Tay, que graças a Deus contou com o carinho e a boa vontade do meu pai que a ajudou bastante pois ele gosta muito da Helena.

Por várias vezes, no horário do almoço, meu pai ia até a casa dela e pegava a comida que a mãe da Helena preparava e levava para o Tay e a Princesa comerem. A Princesa comia numa boa, mas o Tay, devido à evolução da doença, cada vez queria comer menos. A comida era dada com as mãos, levada à boca dele, mas cada dia ele queria menos se alimentar. Sem falar na perda dos movimentos que era cada vez mais rápida e maior.

O meu pai ficava muito triste, pois achava difícil ver um animal outrora tão ativo e brincalhão, ir se entregando aos poucos para um final inevitável.

Depois de certo tempo, devido à falta de alimentação, o Tay foi ficando muito fraco, precisando então ser medicado. A partir daí, meu pai, além de alimentá-lo na hora do almoço, o pegava no colo e debaixo de sol ou de chuva o carregava, mesmo infartado, até a Tia Nícea, pois o Tay não conseguia mais andar.

Por seu lado a Helena sofria muito por ficar presa ao serviço sem poder dar a devida atenção para aquele amigo tão especial. Certa vez meu pai até brigou com uma das funcionárias da clínica por tratar mal a Helena em virtude do Tay lá permanecer muitas vezes chorando.

Lá na Clínica Pet Family ele ficava a tarde toda até que a Helena o apanhava no final do dia, quando voltava do serviço e o levava de volta para o terreno onde ele dormia. Para esclarecer, o local onde ele passava as noites junto com a Princesa era muito bom, pois era coberto, espaçoso e forrado, protegido do sol e da chuva.

Com o passar do tempo o Tay começou a chorar muito à noite o que levou a Helena a levá-lo para casa e dormir com ele na garagem.

Certa ocasião, meu pai estava no trabalho, que era perto da nossa casa, quando por volta das 9:30 h da manhã, apareceu no balcão o irmão da Helena, que nós nem imaginamos o nome e, muito estupidamente, intimou o meu pai a ir até a casa dele para tirar o Tay de lá pois a mãe dele não dava conta de cuidar do cachorrinho e ele estava chorando demais.

Realmente a mãe da Helena, uma senhora muito simpática, já não gozava de boa saúde, mas aquela atitude não se justificava. Lá foi meu pai, apanhou o Tay todo molhado de xixi e com ele no colo pegou uma “carona” com aquele sujeito até a clínica. Pelo Tay, pela Helena, pela mãe dela ele não pensou duas vezes.

Até que o inevitável aconteceu. O triste momento que um tutor amoroso tanto teme. O momento de junto com a Veterinária decidir sobre a eutanásia.

E realmente não teve jeito e essa hora chegou. Mas para falar sobre ela, prefiro copiar abaixo o “recado” que meu pai recebeu numa tarde na ASSEAMA onde me levava para tratamento espiritual e publicado, na época no site www.webanimal.com.br:

“Pelo que me lembro, minha historia começou a alguns anos atrás, mais ou menos cinco, quando fui abandonado juntamente com minha irmãzinha em um terreno baldio em Guarulhos - SP. Até aquele dia eu fazia parte de uma pequena "matilha" de pais e filhotes e, sem que nem porque, de repente me vi sozinho, todos tinham ido embora, me deixando para trás. Muito compadecida, uma moça passou a cuidar de mim e minha irmã. Ela me batizou de Tayson e minha "mana" de Princesa. Com muita dificuldade e dedicação fui alimentado, tratado e recebi muito carinho dessa pessoa que hoje considero minha mãe. Depois de alguns anos, o dono do tal terreno passou a pedir que o desocupássemos, pois ali seriam construídos alguns sobrados. Aí começou a maior luta da minha tutora na tentativa de nos arrumar uma família que nos adotassem em definitivo. Mas era difícil, pois além de sermos grandes, tínhamos que ser adotados juntos, já que fatalmente morreríamos se nos separassem, eu de minha irmã. Até que apareceu uma indústria que se prontifiou a nos deixar ficar por lá algum tempo até que arranjássemos um lar definitivo. Tinham boas instalações como canis e gente para tratar de nós e dos cães que lá já estavam. Após alguns dias lá, infelizmente peguei uma doença que é um verdadeiro pesadelo para os cães e seus donos. A Cinomose. Minha mãe, assim que soube que eu não estava bem, foi me buscar juntamente com a Princesa e nos trouxe de volta para o terreno. Mas infelizmente eu já não tinha cura. Fui perdendo gradativamente os movimentos das patas traseiras, das dianteiras, o controle do meu pescoço e finalmente a visão, além de um começo de pneumonia. Ela lutou bastante juntamente com amigos e duas ótimas Veterinárias para tentar me slvar. Me carregou quase que diariamente por quase 4 quarteirões até a Clínica, no colo na vã tentativa de me salvar. Nas últimas semanas dormiu comigo na garagem da casa dela para não me deixar só, inclusive no Natal e no Revelion. Outro amigo, por quem também tenho muito carinho, também cuidou de mim debaixo de sol ou de chuva. Mas infelizmente nada adiantou. Até que chegou o dia em que ela, com muita dor no coração, decidiu pela eutanásia. Mãe, eu queria apenas lhe dizer que essa foi uma das decisões mais acertadas que você tomou na vida. Naquele momento em que dormi no seu colo, eu já tinha ido embora e, tenha certeza que nada senti, além de uma imensa paz e carinho de sua parte. Muito obrigado por aliviar o meu sofrimento, que já tinha ultrapassado o limite do insuportável. Hoje estou bem, me recuperando e na companhia de muitos outros animaizinhos que deixaram o plano terrestre, num lugar lindo e cheio de amor. Muito obrigado mamãe por tudo que você fez por mim. Foram os melhores anos de minha vida eterna. Muitas lambidas para você, para a "Thesa" e para os seus amigos.
Tay “

Pode parecer repetitivo, mas é o melhor jeito de expressar as emoções daquele momento que nem meu pai e nem eu presenciamos e que deve ter sido muito duro.

Para completar esta historinha, eu fiz uma “entrevista” com a Helena e pedi para ela contar alguns dos momentos legais que ela tenha vivido com aquele garotão. Então aí vai o depoimento dela:

“Uma passagem engraçada que jamais vou esquecer, foi quando o Tay descobriu que "podia pular o muro"!!!!

Eu achei que se colocasse alguns obstáculos tipo, tábuas, e tudo o mais que eu encontrasse naquele  terreno, isso o impediria de pular, MAS... "meu anjo" era muito esperto e inteligente. 

Enquanto eu ficava me matando, procurando as coisas, tendo um trabalho enorme para "cercar" o muro, o Tay ficava deitadinho, só olhando, observando de longe, e com certeza já "planejando" como pular. 

E sabe o que ele fazia? Cruzava as patinhas uma em cima da outra e me olhava com uma cara que dizia: "Não vai adiantar" . 

Quando eu terminava, tinha que fazer o "teste" então eu chamava: "TAY, VEM PULA" !

Ele ia do outro lado do terreno, pegava impulso e pulava!!! Por incrível que pareça, enquanto ele me observava, ele já tinha encontrado  uma brecha!!! Pode??????
 
Outra travessura que ele adorava, era correr na chuva no terreno e quando eu ia lá, pulava e se chacoalhava todo em cima de mim, FAZIA DE PROPÓSITO!!!!  KKKKKKK
 
Ele também tinha um brinquedo que era a cabeça de uma boneca, ele adorara aquilo, mas escondia da Tchesa, e toda vez que eu ia lá ele ia correndo pegar e jogava no meu pé para eu brincar com ele, quando eu ia embora ele escondia de novo (enterrava). 
 
Ah... Zeus, foram tantos momentos lindos.... não consigo mais... já estou chorando. 
TAY faz parte de  mim.... não sei explicar isso direito, mas ele é especial, alguma coisa nele era diferente.”

Só para esclarecer, a Tchesa se mudou para uma bela chácara no interior onde vive feliz até hoje praticando mergulho num belo lago além de outras peripécias.

Bom gente, por enquanto é só. Obrigado Helena pela entrevista e se faltou algo me perdoe, mas a homenagem é sincera. O Tay marcou muito as nossas vidas também.






Zeus

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

NICK E FLORA

Olá pessoal. Uma boa tarde chuvosa para todos.

NICK E A FLORA TOMANDO UM SOL


Hoje vou contar como foi o final de semana passado (7 e 8 de janeiro de 2012) quando o meu pai se encarregou de cuidar dos dois vizinhos caninos mais antigos que tenho. O Nick e a Flora, dois belos Labradores.

O Nicki é um ano mais velho do que eu, ou seja, tem 10 aninhos e a Flora já é uma senhora com mais ou menos 14 anos de idade. Ele amarelo e ela preta, mas com seus vários pelos já bem branquinhos.


DANDO VOLTAS

Como vocês já devem ter lido no Facebook do meu pai (Paulo Cesar de Moraes), na sexta-feira no final da tarde, a Gorete, tutora dos meus dois amigos, falou para a minha mãe que iria para Avaré numa festa de família e se o meu pai poderia fazer o favor de dar os remédios para convulsão que o Nicko toma.

Como todos aqui de casa adoram aqueles dois Labradores, meu pai se prontificou a ajudar. E assim foi feito.

Já naquela noite a família viajou, deixando as instruções de como dar os remédios e as chaves da casa deles com meu pai, avisando que os 2 já estavam alimentados e o Nick devidamente medicado, quando meu pai foi até lá para que os vizinhos caninos se acostumassem com a presença dele dentro de casa.

No sábado pela manhã, lá foi meu pai dar os remédios para o Nicki e checar como estava a situação.


FLORA TOMANDO UM SOLZINHO GOSTOSO

Quando lá chegou, notou que nenhum dos dois de manifestou. Quanto à Flora ele achou normal, pois ela está com bastante dificuldade de andar, com pouquíssima visão e quase não escutando mais nada. Mas, o Nick o deixou preocupado, pois pelo que notou estava tendo uma pequena convulsão.

Pacientemente meu pai pediu a ajuda da espiritualidade e assim o Nick foi se estabilizando, quando aí sim meu pai lhe deu os remédios, entre eles o Gardenal.

Aí, vou abrir um parênteses, para comentar sobre as impressões que meu pai teve sobre o tratamento do Nick com o tal Gardenal.

Segundo ele, graças a Deus eu tenho sido acompanhado pelos profissionais da FACIS – FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE  em São Paulo, bem como venho desde 1997 recebendo tratamento espiritual.


NICK AO FUNDO E FLORA

É muito triste assistir o resultado da combinação entre convulsão e Gardenal. O Nick, antes um Labrador ativo, esperto, barulhento e tudo que um Labrador normal pode e deve ser, hoje se transformou num cachorro completamente perdido, dando incontáveis voltas no sentido horário em torno de si mesmo até resolver tomar um rumo ou direção.

Meu pai deu para os tutores dele o telefone da mesma FACIS, mas segundo eles não conseguiram marcar uma consulta para o meu amigo. É triste porque com o aumento das convulsões, a tia Nícea não teve outra alternativa a não ser administrar o tal remédio combinado com outro que não sei o nome.

Como se sabe, cada vez que temos um episódio de convulsão, as perdas cerebrais são consideráveis em torno de neurônios, isso sem falar na dor de cabeça insuportável que sentimos após as crises. Isso associado a um remédio que dopa qualquer ser que o use, vocês podem imaginar o resultado. E é por essa situação que está passando oNick.

Meu pai ficou com muito dó dele. Todas as vezes que lá foi sempre pediu auxílio à Fraternidade de São Francisco de Assis e ministrou passes em ambos pelo menos uma vez por dia.

Para complicar no sábado à tarde caiu o maior toró que além de inundar o “enxoval” dos dois, proporcionou à Flora um dos raros prazeres que ela ainda tem. Se ensopar na chuva.

NICK


Lá foi meu pai enxugar aquela sem noção e levar alguns tapetes e lençol para os dois poderem dormir sequinhos à noite.

Graças a Deus no domingo a chuva que caiu não foi forte e os dois ficaram bem.

Que a mãe deles não saiba, mas para dar os remédios pro Nick, o meu pai levou franguinho, peito de peru e bolacha de maisena e o que sobrava ele misturava na ração deles, que obviamente devoravam com o maior gosto.

FLORA - HORA DA BÓIA COM FRANGUINHO


Apesar de tudo, meu pai adorou cuidar deles, pois segundo ele, foi uma experiência enriquecedora no sentido de se preparar um pouco para a chegada da minha velhice e as dificuldades que certamente isso vai me trazer.

A única dor no coração dele é ver a situação do Nick, sabendo que poderia estar melhor se estivesse pelo menos usando a homeopatia, mas como nem tudo é conforme a nossa vontade, Deus sabe o que faz.

Só sei que meu pai já está morrendo de saudades dos dois, pis com todas as dificuldades de ambos, sempre foram muito carinhosos a adoram ganhar um “dengo” como eu. Invejosos.

Até a próxima.

Zeus

Olá pessoal, hoje estou voltando a esta história para dar uma notícia bem triste. Infelizmente um dos personagens, o Nick desencarnou na última quarta-feita, 04 de julho de 2012, depois de sofrer bastante com o tumor na cabeça. Aqui em casa ficamos bem tristes, mas tenho certeza de que ele já está bem amparado lá pela equipe do Dr. Marcel Benedeti no plano astral. Até breve Nick.
Zeus