sábado, 2 de julho de 2011

O ATAQUE

Hoje vou contar uma história um pouco triste que aconteceu comigo e meu tutor a mais ou menos dois anos, numa das vezes em que fui na Tia Nícea, minha Veterinária.
Quando lá estávamos aguardando sermos atendidos, não me lembro porque exatamente fomos lá naquela noite, uma senhora chegou aflita com seu cãozinho no colo, dizendo que ele estava com muita dor.
O meu pai com pena e já que seríamos os próximos a falar com a tia, falou para a senhora passar na frente  pois o caso dela era mais urgente.
Assim, depois de pouco tempo passamos pela consulta e saímos para vir para casa. Ao virarmos uma esquina, aqui perto, eu vi um cachorro grande, peludo e todo branco na mesma calçada e cometi a besteira de latir para ele. Na mesma hora e quase que automaticamente, o dito cujo, não sei ao certo de era um Akita, Hurki ou um Kuvaz, partiu para cima de mim e do meu pai. O ataque daquele cão enorme foi mortal, pois do jeito que ele me pegou era para matar. O meu pai, apesar de sempre andar com um pedaço de pau nas mãos, não teve nem tempo de reação, tal a velocidade do ataque.
Na hora que dei por mim, minha cabeça estava dentro da boca daquela fera descontrolada e eu só conseguia gritar de dor. Meu pai que já tinha sido derrubado, batia como podia com o pedaço de pau no agressor e nada de ele me largar. Até que graças a Deus, os funcionários de uma farmácia da qual estávamos em frente e o guarda noturno que fica naquela rua, nos socorreram. Um deles pegou o cachorro pelas patas de trás e as torceu até que com muita dor ele me soltou.
Foi aí que meu pai descobriu que a dona daquela fera, uma adolescente de mais ou menos 12 anos, tinha entrado na farmácia e deixado o cão “amarrado” no poste com apenas duas voltas da guia. Aquilo não foi o suficiente para segura-lo naquele momento, gerando toda aquela “loucura”.
Mau pai, machucado, e eu, mais ainda, voltamos para a Clínica e após eu ter sido examinado, fomos levados para casa. Lá, depois de algum tempo, comecei a sangrar e minha mãe descobriu o tamanho do furo no meu pescoço. Voltamos ao Pet  Family e foi constatado que havia uma perfuração que por milímetros não atingiu uma de minhas veias o que poderia ter sido fatal.
Só sei que fui novamente medicado e entre curativos e repouso fiquei uns 10 dias de molho sem sair de casa. O legal é que meu irmão Fábio, que já era quase Doutor, e a namorada dele, na época, Pâmela que era Enfermeira, cuidaram muito bem de mim. Até a Tia Nícea veio aqui em casa para me ver e fazer os primeiros curativos.
Me lembro bem que meu pai ficou muito mal naquela noite, não contem para ninguém, mas ele até chorou, se sentindo culpado por não ter conseguido me proteger. Mas se serve de consolo, sei que a espiritualidade estava do meu lado, pois foram eles que colocaram aqueles homens da farmácia, mais o guarda noturno para nos ajudar.
Meu pai procurou por alguns dias o dono daquele cachorro, mas até hoje não mais o viu ou descobriu onde moram.
Sei que parte da culpa do ocorrido foi minha, já que se eu tivesse ficado quieto e não latido para aquele cão, provavelmente nada teria acontecido, mas eu não consegui e não consigo até hoje ficar quieto e sempre lato quando vejo outro cachorro, seja ele de que tamanho for. Afinal, eu sei que meu pai vai estar lá para me defender. Tomara que ele não leia esta parte rssrsrsr......
Zeus (Essa é a foto de como fiquei na época).

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