Como eu já falei em outra ocasião neste Blog, o caso do leão Ariel foi uma grande demonstração da possibilidade de uma perfeita interação entre humanos e animais.
Prova a irmandade perante Deus de todos os seres vivos na face da Terra e que como seres mais evoluídos temos não só a possibilidade, como a obrigação de cuidarmos e preservarmos nossos irmãos menores na escala evolutiva.
Infelizmente para a sua tutora, o felino nos deixou ontem, depois de muito sofrimento físico, mas certamente com a alma bastante confortada e após o desencarne, voltando a ser um espírito, com muito mais bagagem do ponto de vista de evolução e aprendizado espiritual.
Mas, para o Ariel, certamente esse desligamento do invólucro carnal foi uma benção. Com o retorno à pátria espiritual, certamente foi acolhido nos hospitais veterinários lá disponíveis, tratado e quem sabe, visto que a medida de tempo lá difere e muito daqui, já encontra-se correndo de volta às savanas e florestas lá plasmadas.
Para mim é ponto pacífico que o amor que a Raquel dedicou ao Ariel é incontestável, pois se dedicar ao animal do porte de um leão, sabendo de sua natureza selvagem já não é uma tarefa fácil, quanto mais comum. Se entregar então a cuidar dele na situação em que ficou após o acidente e a desastrosa cirurgia a que foi submetido, é uma prova de que amor não tem limite, desde que produtivo e sem egoísmo.
Mas, por outro lado, analisando esse caso em conjunto com outros de que tenho tomado conhecimento de pessoas que “adotam” animais não domésticos como pets, tenho a seguinte opinião: o lugar de animais silvestres não é em zoológicos, circos e muito menos no ambiente domésticos, onde passam a viver completamente fora dos meios para os quais o Criador os designou.
Não sei exatamente como a mãe felina do Ariel foi parar no local onde deu à luz ao bichano, mas se não houve a possibilidade de devolver o Ariel à natureza, pelo menos ele deveria ter sido levado à uma reserva onde, monitorado, teria tido uma vida próxima ao normal. A possibilidade de um acidente como o que sofreu seria bem menor. Mas, como a vida é feita de escolhas, muito provavelmente a da Raquel, dadas às circunstâncias foi a mais acertada.
Mas como nada é por acaso e Deus sabe o que faz, tudo se desenrolou para que ele e a Raquel tivessem uma chance inigualável de evolução e aprendizagem mútua.
A nós cabe ter olhos de ver e ouvidos de ouvir para entender que a natureza pede socorro, que os nossos irmãos animais devem ser respeitados, preservados e ter os humanos como companheiros na jornada evolutiva, não como algozes.
Mais uma vez parabéns e obrigado Raquel por nos mostrar esse amor do tamanho de um leão que você tem no coração. O mundo precisa de mais almas como a sua. Gostaria sinceramente de um dia ter a chance de te conhecer pessoalmente e........
Até breve Ariel
Paulo
Hoje, fazendo um pouco mais de um ano que o nosso amigo Ariel nos deixou, acabei de ler o livro "Ariel o Leão de Deus", onde toda a história do grande e carinhoso felino é contada em detalhes pela Raquel.
Ao terminar de lê-lo me vi com um misto de admiração e indignação diante dos fatos ali narrados.
Recomendo a leitura para que todos possam ter a verdadeira noção do amor entre o ser humano e o animal que deveria sempre existir, assim como a capacidade de egoismo, incompetência e pouco caso que outros podem demonstrar pela vida tanto humana quanto animal.
Mais uma vez parabéns Raquel e reitero o desejo de um dia poder conhece-la pessoalmente e aprender um pouquinho mais com você.
Paulo
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